O que é Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)?

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é caracterizada por alterações na mácula, região central da retina responsável pela visão dos detalhes. Existem dois tipos de degeneração macular: seca e úmida.

Degeneração Macular Seca

A degeneração macular seca é o tipo mais comum, ocorrendo em 90% dos pacientes, e tende a ser bilateral, mesmo que um olho seja comprometido antes do outro. O paciente perde lentamente a visão central, o que dificulta ler, dirigir e reconhecer rostos.

Figura representativa da Degeneração Macular Relacionada à Idade

Degeneração Macular Úmida

Mais grave, a degeneração macular úmida acontece quando há uma formação anormal de vasos na coroide, camada localizada abaixo da retina. Forma-se uma estrutura chamada membrana neovascular sub-retiniana, que cresce e progride em direção à mácula.

Os vasos anômalos podem extravasar fluidos e sangue, levando ao inchaço (edema), sangramento (hemorragia) e lesão das células da retina.

A progressão da degeneração macular úmida é mais rápida e grave, podendo levar rapidamente à perda da visão central.

Fatores de risco da DMRI

Quadro clínico

Inicialmente, o quadro da DMRI é assintomático e o diagnóstico é feito pelo oftalmologista ao observar alterações no exame de fundo de olho.

Com a progressão da doença, o paciente apresenta dificuldade para ler, para dirigir e reconhecer faces. Outro sinal precoce é a distorção das imagens. A formação da membrana neovascular na forma úmida leva a perda da visão central, muitas vezes abrupta. O paciente percebe uma mancha no centro da visão.

Os sintomas de degeneração macular mais comuns são:

Diagnóstico da DMRI

Mesmo na fase inicial, quando não há sintomas, a degeneração macular pode ser diagnosticada através de um exame do fundo do olho, quando a mácula apresenta depósitos amarelados chamados drusas.

Exames complementares são necessários para confirmar o diagnóstico de degeneração macular:

Você pode conhecer um pouco mais sobre eles ao ler "Exames complementares em Oftalmologia".

Acompanhamento

Os pacientes que sofrem com a degeneração macular devem ser acompanhados por um oftalmologista e também testar sua visão periodicamente em casa.

A Tela de Amsler é muito utilizada para acompanhar e detectar precocemente alterações visuais como distorção e manchas. O paciente foca a visão no ponto central e observa se as linhas em torno dele aparentam estar tortas ou manchadas.

Tratamento

Não existe tratamento eficaz para a degeneração macular seca.

Recomenda-se uma dieta balanceada e suplementos vitamínicos contendo vitamina C, vitamina E, Ômega 3, luteína e zeaxantina, zinco e cobre para retardar a progressão da doença. O uso de suplementos é indicado apenas para pacientes que apresentam sinais de DMRI, pois não existem benefícios comprovados em pacientes sem a doença.

A DMRI úmida é tratada geralmente com inibidores de crescimento endotelial (anti-VEGF) chamados antiangiogênicos. O fator de crescimento endotelial vascular ou VEGF é uma substância presente no organismo que estimula a proliferação vascular e a formação de neovasos anômalos.

Os antiangiogênicos são utilizados em casos de degeneração macular, retinopatia diabética e obstruções de vasos retinianos para impedir ou inibir a formação destes neovasos. O medicamento é administrado através de uma injeção no olho sob anestesia local – esse procedimento é conhecido como injeção intravítrea. São necessárias várias injeções intravítreas no período de meses ou anos.

Atualmente existem duas drogas aprovadas no Brasil para tratar a DMRI Úmida: Ranibizumabe (Lucentis®) e Aflibercept (Eylea®).

Prevenção da degeneração macular

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Câncer: quais os fatores de risco comprovados

Atualmente, o câncer provoca uma em cada oito mortes no mundo, e estes números tendem a subir.

A doença pode atingir qualquer pessoa, porém, algumas têm um risco maior de desenvolverem a doença. Aproximadamente 30 a 50% dos casos de câncer poderiam ter sido prevenidos por meio de mudanças no estilo de vida e afastando fatores ambientais.

Nas últimas décadas, cientistas do mundo inteiro têm se dedicado a pesquisas sobre esse mal, tentando estabelecer as causas, fatores de risco e medidas de prevenção contra ele. Porém, as evidências são contraditórias e muitas vezes difíceis de serem interpretadas.

Com o objetivo de esclarecer a verdadeira relação entre a exposição aos fatores de risco e o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer, o World Cancer Research Fund e o American Institute for Cancer Research se uniram, 25 anos atrás, em um projeto ambicioso.

Desde 1997, eles periodicamente publicam relatórios que analisam milhares de trabalhos científicos pelo mundo e descrevem as conclusões e recomendações dos especialistas.

O projeto, chamado de CUP (Continuous Update Project), propicia a integração entre cientistas de todo o mundo. Eles compartilham suas descobertas e estas são interpretadas por um painel de especialistas.

Juntos, esses cientistas dedicaram tempo e muito esforço para criar uma série de recomendações valiosas na prevenção do câncer e de outras doenças crônicas.

Esse artigo resume os principais pontos do Third Expert Report: (Diet, nutrition, Physical activity and Cancer: a global perspective). Vamos lá?

Visão geral: o papel da nutrição, atividade física e gordura corporal no risco de câncer

Segundo os especialistas, a nutrição, atividade física e obesidade são os principais fatores relacionados ao câncer.

Nutrição

A dieta contém substâncias não nutritivas que influenciam no metabolismo, como fitoquímicos, fibras e cafeína. Além disso, pode conter elementos nocivos como o arsênico, por exemplo.

Os vegetais e frutas contém diversos micronutrientes e fitoquímicos, alguns com efeito protetor contra o câncer. São eles:

Além desses, as frutas e vegetais contêm vitamina C, E, selênio e folato. O consumo regular de todos esses elementos reduz o risco de câncer.

A carne vermelha cozida em altas temperaturas contém compostos cancerígenos. Além disso, o alto teor de sal dos processados danifica a mucosa do estômago e causa inflamação.

O consumo de álcool também aumenta o risco de câncer. Seu metabolismo forma compostos cancerígenos e radicais livres.

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Atividade física

Existem fortes evidências de que a prática regular de exercícios reduz o risco de câncer. Ela melhora o sistema imunológico, controla os níveis de insulina e reduz o dano oxidativo ao organismo.

Obesidade

A obesidade é um dos principais fatores de risco para o câncer, pois é promotora de inflamação e cria um ambiente favorável para a multiplicação das células e ocorrência de metástases.

Manter um peso saudável é uma das medidas mais eficazes na prevenção do câncer.

Fatores relacionados a tipos específicos de câncer

O relatório classifica a associação do fator de risco ou proteção em:

Fatores que aumentam o risco de câncer

Associação
convincente
Associação
provável
Associação
sugerida
Aflatoxinas Câncer de fígado
Dieta pobre em vegetais não glicêmicos Câncer colorretal
Dieta pobre em frutas Câncer colorretal e de estômago
Carne vermelha Câncer colorretal Câncer da nasofaringe, esôfago, pulmão, estômago e pâncreas
Carne processada Câncer colorretal Câncer da nasofaringe, esôfago, pulmão, estômago e pâncreas
Produtos lácteos Câncer de próstata
Dieta rica em cálcio Câncer de próstata
Alimentos preservados em sal Câncer de estômago
Chá mate (temperatura elevada) Câncer de esôfago Câncer de orofaringe
Bebidas alcoólicas (> 3 drinques por dia) Câncer de orofaringe, esôfago, fígado, câncer colorretal e de mama pós menopausa Câncer de estômago e mama pré menopausa Câncer de pulmão, pâncreas, pele
Índice elevado de gordura corporal Câncer de esôfago, pâncreas, fígado, colorretal, mama pós menopausa, endométrio, rim Câncer da orofaringe, estômago, vesícula biliar, ovário, próstata Câncer de cólon
Suplementos com alta dose de beta caroteno Câncer de pulmão (em fumantes ou ex-fumantes)
Ganho de peso na idade adulta Câncer de mama pós-menopausa
Altura na idade adulta Câncer colorretal, de mama e ovário Câncer do pâncreas, endométrio, próstata, rim, pele (melanoma)
Arsênico na água potável Câncer de pulmão

Fatores que reduzem o risco de câncer

Associação
convincente
Associação
provável
Associação
sugerida
Cereais integrais Câncer colorretal
Fibras alimentares Câncer colorretal
Dieta rica em vegetais não glicêmicos Câncer de orofaringe, esôfago, pulmão e mama
Dieta rica em frutas Câncer de esôfago e pulmão
Frutas cítricas Câncer de estômago
Consumo de peixe Câncer colorretal e de fígado
Produtos lácteos Câncer colorretal Câncer de mama pré-menopausa
Dieta rica em cálcio Câncer de mama
Café Câncer de fígado e endométrio Câncer de orofaringe, pele
Chá Câncer de bexiga
Alimentos contendo retinol (vitamina A1 - peixes gordurosos, fígado, queijo e manteiga) Câncer de pulmão
Vitamina D (alimentos ou suplementos) Câncer colorretal
Suplementos de cálcio (>200mg/dia) Câncer colorretal
Atividade física moderada a intensa Câncer de cólon Câncer de mama e endométrio Câncer de esôfago, pulmão, fígado
Lactação Câncer de mama Câncer de ovário

O projeto disponibiliza uma ferramenta interativa com informações completas sobre cada um dos itens citados e sua relação com o câncer (em inglês). Para acessá-la, basta clicar aqui

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A seguir, discutiremos cada uma das recomendações descritas no relatório.

Recomendações para a prevenção do câncer

As recomendações do comitê para evitar as causas do câncer incluem aspectos da dieta, atividade física e peso. Elas devem ser adotadas em conjunto, ocasionando uma mudança no estilo de vida que resulta na redução do risco para esse mal.

Além disso, doenças cardiovasculares, deficiências nutricionais, obesidade, diabetes e outros problemas também podem ser evitados pelas mesmas medidas.

Infográfico de recomendações para a prevenção do câncer

Adaptado do Third Expert Report, 2018.

1. Manter um peso saudável

Manter o peso dentro da faixa saudável e evitar o ganho de peso na idade adulta é uma das principais medidas contra o câncer.

OBJETIVOS:

  1. Durante a infância e adolescência, manter o peso no limite inferior da faixa saudável.
  2. Durante a vida, manter o peso dentro da faixa saudável.
  3. Evitar o ganho de peso e o aumento da circunferência abdominal na idade adulta.

O excesso de peso corporal está relacionado a 12 tipos diferentes de câncer:

Outras doenças também estão associadas à obesidade, como:

O controle do peso e a prevenção da obesidade devem começar desde a infância, mantendo o peso no limite inferior da faixa recomendada.

Para atingir esses objetivos, deve-se adotar uma dieta saudável e praticar atividades físicas regulares. Além disso, deve-se limitar o consumo de fast foods, comidas processadas e bebidas adoçadas.

2. Praticar atividades físicas

Exercitar-se regularmente é uma das principais armas na prevenção do câncer e manutenção da saúde como um todo

OBJETIVOS:

  1. Praticar no mínimo 150 minutos por semana de atividades aeróbicas moderadas ou 75 minutos por semana de atividades intensas;
  2. Limitar hábitos sedentários como passar muito tempo na tela.

A prática de atividades físicas reduz diretamente o risco de câncer de cólon, mama e endométrio. Por controlar a obesidade, os exercícios também reduzem indiretamente o risco de outros tipos de câncer.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde para adultos é praticar pelo menos 150 minutos por semana de atividades aeróbicas moderadas, ou 75 minutos por semana de atividades intensas.

Crianças e adolescentes precisam de 60 minutos por dia de exercícios físicos. Para prevenção do câncer, quanto mais exercício, melhor!

A prática regular de atividades físicas também reduz o risco de doença coronariana, pressão alta, acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, depressão e diminui a mortalidade de forma geral.

3. Dieta rica em cereais integrais, vegetais, frutas e grãos

Uma dieta saudável é essencial para a saúde. A maior parte do prato deve conter estes super alimentos.

OBJETIVOS:

  1. Consumir pelo menos 30g de fibras alimentares por dia;
  2. Incluir em todas as refeições alimentos integrais, vegetais não glicêmicos, frutas e legumes como feijão e lentilha;
  3. Consumir pelo menos 5 porções de vegetais não glicêmicos e frutas por dia (400g);

Os alimentos de origem vegetal, não processados, são ricos em nutrientes e fibras. Eles reduzem o risco de câncer colorretal e de obesidade.

Recomenda-se o consumo de, pelo menos, 5 porções de vegetais e frutas por dia, totalizando 400 mg. Inclua na maioria das refeições:

  1. Cereais integrais: arroz, trigo, aveia, cevada e centeio. (evitar o milho, pela sua alta carga glicêmica)
  2. Pseudocereais: quinoa e chia;
  3. Vegetais não glicêmicos: folhas verdes, brócolis, quiabo, berinjela, abobrinha, aspargos, cebola, chuchu, couve flor, cenoura, aipo, rabanete, pimentão, repolho, tomate (evitar batata, beterraba, mandioca, inhame).
  4. Frutas: comer a maior variedade possível, especialmente de frutas com baixa carga glicêmica (comer quantidades moderadas de ameixa, pêssego, mamão, banana, figo e uva).

4. Evitar o consumo de fast food e alimentos processados ricos em gordura e carboidratos

Limitar esse tipo de alimento ajuda no controle do peso e na prevenção de doenças crônicas, entre elas o câncer

OBJETIVOS:

  1. Evitar alimentos processados ricos em gordura e carboidratos, altamente calóricos e pobres em nutrientes.

Os alimentos industrializados, assim como os “fast foods”, são ricos em calorias e pobres em nutrientes. Portanto, devem ser consumidos esporadicamente e não fazerem parte do hábito alimentar da família.

Alguns exemplos são: sanduíches, batata frita, bebidas adoçadas, chips, cereais industrializados, bolos, pães, biscoitos, sorvete, maionese, molhos de salada, molhos prontos para massas, ketchup, margarina e doces industrializados.

Consumir alimentos com alta carga glicêmica promove obesidade e aumenta o risco de câncer uterino e, indiretamente, de outros tipos de câncer e doenças crônicas.

5. Limitar o consumo de carne vermelha e processadas

Limitar esse tipo de alimento ajuda no controle do peso e na prevenção de doenças crônicas, entre elas o câncer

OBJETIVOS:

  1. Consumir quantidades moderadas de carne vermelha (boi, porco e cordeiro);
  2. Evitar carnes processadas.

Existem fortes evidências de que o consumo de carne vermelha e carnes processadas é uma das possíveis causas do câncer colorretal.

A carne vermelha é uma boa fonte de proteína, ferro, zinco e outros micronutrientes. Porém, seu consumo não é essencial para a manutenção de um bom estado nutricional.

Se consumida, a carne vermelha deve ser limitada a três porções por semana, totalizando 350 a 500 g (peso da carne cozida).

Como alternativa à carne vermelha, a proteína dietética pode ser adquirida de várias fontes:

Carnes processadas são aquelas submetidas a métodos para modificar o sabor ou para melhorar a conservação como salgar, curar, fermentar ou defumar. São geralmente calóricas, ricas em sal e em substâncias carcinogênicas.

Os embutidos, por exemplo, são preservados com nitrito de sódio e nitrato. Eles originam um composto chamado nitrosamina (especialmente durante a fritura), substância considerada cancerígena. São exemplos de alimentos embutidos:

As carnes processadas devem ser evitadas ao máximo. Mesmo pequenas quantidades podem elevar o risco de câncer.

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6. Limitar o consumo de bebidas com adição de açúcar

Consumir água e, esporadicamente, outras bebidas como café e chá não adoçados.

OBJETIVOS:

  1. Não consumir bebidas adoçadas com açúcar de nenhum tipo.
  2. Reduzir o consumo de sucos de frutas, mesmo os naturais.

Bebidas como refrigerantes, energéticos, bebidas esportivas, água com sabor, sucos industrializados, café e chá adoçados com açúcares contribuem para a obesidade, cáries e aumentam o risco de vários tipos de câncer.

Para manter uma hidratação adequada, a água é a melhor opção. Chá e café não adoçados podem ser consumidos moderadamente.

Bebidas contendo adoçantes artificiais não são recomendadas, porém, não há evidências de que estejam associadas a um maior risco de câncer.

7. Limitar o consumo de bebidas alcoólicas

Para a prevenção do câncer, o melhor é não consumir álcool

OBJETIVOS:

  1. Evitar bebidas alcoólicas.

O consumo de álcool, mesmo em pequenas quantidades, está associado a vários tipos de câncer como:

Alguns estudos sugerem que pequenas doses diárias de álcool reduzem o risco de doenças cardiovasculares. Apesar disso, seu consumo não é recomendado pelos especialistas.

8. Não usar suplementos com o objetivo de prevenir o câncer

As necessidades nutricionais devem ser alcançadas por meio da dieta, e não de suplementação

OBJETIVOS:

  1. Evitar suplementos;
  2. Enriquecer a dieta para que ela atenda às necessidades nutricionais do organismo.

Para a maioria das pessoas, uma dieta rica e variada supre a necessidade total de nutrientes e exerce seu papel na prevenção do câncer. Não há vantagem adicional em consumir suplementos industrializados.

Quando necessário, a suplementação deve ser prescrita por um profissional capacitado. Algumas situações em que podem ser necessários suplementos são: gravidez, anemia ferropriva e osteoporose.

Alguns compostos estão associados a um maior risco de câncer, como os suplementos com altas doses de betacaroteno. Eles causam câncer de pulmão em fumantes e ex-fumantes.

Quanto à suplementação de cálcio, embora tenha demonstrado efeito protetor no câncer colorretal, existem evidências de efeitos adversos em outros órgãos.

9. Para as mães: amamentem seus bebês

A amamentação beneficia a mãe e o bebê

OBJETIVOS:

  1. Amamentar o bebê exclusivamente no seio durante 6 meses e, depois, com a alimentação complementar até os dois anos de idade.

Amamentar traz benefícios incríveis para mãe e filho. Um deles é reduzir o risco da mãe desenvolver câncer de mama.

Além disso, o bebê em aleitamento materno desenvolve mais rápido seu sistema imunológico e está protegido de infecções. A criança tem menos chance de ser obesa na vida adulta, protegendo-a, assim, de vários tipos de câncer.

A recomendação é que o bebê seja amamentado no seio, exclusivamente, durante 6 meses. Após a introdução da alimentação complementar, manter o aleitamento, se possível, até os dois anos de idade.

10. Após o diagnóstico de câncer: seguir as recomendações da melhor forma possível

O paciente em tratamento ou remissão de câncer deve conversar com seu médico sobre as recomendações e definir o que está indicado para ele

OBJETIVOS:

  1. Sobreviventes de câncer devem receber orientações sobre dieta, atividade e as outras recomendações.

A qualidade de vida e sobrevivência de pacientes com câncer pode ser melhorada por meio de intervenções como dieta saudável, controle do peso, atividade física e apoio emocional.

Mudanças no estilo de vida podem reduzir a chance de doenças crônicas e o aparecimento de outro câncer, no futuro.

Evidências específicas

Essas recomendações abordam aspectos específicos de determinadas regiões ou itens cujas informações foram incompletas, ou divergentes.

Altura e peso ao nascimento

Existem evidências de que adultos mais altos têm maior risco de alguns tipos de câncer como:

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A altura não se relaciona diretamente com o câncer, mas é um marcador de fatores genéticos, ambientais, hormonais e nutricionais atuantes durante a gestação, infância e adolescência.

Existem fortes evidências de que os motivos que levam a um peso alto ao nascimento, e suas consequências, estão associados ao desenvolvimento de câncer de mama pré-menopausa.

Arsênico na água

O arsênico, utilizado na agricultura, mineração e indústria, é um agente cancerígeno conhecido e pode contaminar a água.

Os países mais afetados pela contaminação são Bangladesh, China e Índia.

Aflatoxinas

Alguns alimentos podem se contaminar com aflatoxinas produzidas por fungos. Comidas potencialmente contaminadas são: cereais, especiarias, amendoim, pistache, castanha do Pará, sementes, frutas secas e figos.

O consumo elevado de aflatoxinas é uma das principais causas do câncer no fígado.

Chá mate

O chá mate consumido em altas temperaturas, como é comum no sul do Brasil (chimarrão), está relacionado ao câncer de esôfago.

Alimentos preservados em sal

Em alguns países, como na Ásia, é frequente conservar legumes e peixes no sal. Existem fortes evidências da associação entre o consumo desses alimentos e o câncer de estômago.

Café

O café contém vários ingredientes bioativos que protegem contra vários tipos de câncer:

Produtos lácteos e cálcio

Existem fortes evidências de que o consumo de produtos lácteos e suplementos de cálcio protegem contra o câncer colorretal.

Por outro lado, alguns trabalhos sugerem que o leite e derivados aumentam o risco de câncer de próstata.

Enfim...

Recomendações sobre a prevenção do câncer e de outras doenças crônicas estão amplamente disponíveis em todo o mundo. Porém, muitas pessoas não têm acesso às informações ou não lhes dão a devida importância.

Portanto, ações para conscientização da população precisam partir do governo, dos profissionais de saúde e de cada um de nós. Compartilhe esse conteúdo com quem você ama. Juntos, iremos fazer a diferença na saúde e no bem-estar de muita gente!

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Doenças oculares em crianças: quais são as mais comuns?

Atualmente, o público infantil está cada vez mais engajado no uso de dispositivos eletrônicos, principalmente em tempos de pandemia. A grande questão é que a luz azul, assim como o uso excessivo das telinhas e o esforço visual que elas exigem, têm gerado muitas preocupações e questionamentos entre os pais.

Afinal: será que esses hábitos são nocivos à saúde dos nossos filhos quando o assunto é a visão? Aliás, quais são as doenças oculares mais comuns em crianças, e como podemos identificá-las precocemente?

Bem… as respostas para todas essas dúvidas estão neste artigo! Então, para saber tudo o que precisa sobre esse assunto, é só continuar conosco.

 

 

9 doenças oculares em crianças que você precisa saber mais sobre

1. Ametropias (ou erros de refração)

Você com certeza já ouviu falar dos erros refrativos. São eles: miopia, hipermetropia e astigmatismo. Estes são os principais motivos pelos quais as crianças usam óculos e, por isso, ocupam o primeiro lugar da nossa lista.

Todos os tipos de ametropias acontecem por um mecanismo: os feixes de luz, ao atravessarem nossos olhos, não se convertem em um único ponto acima da retina, mas sim na frente, ou atrás dela. Isso faz com que a visão fique menos nítida que o normal.

Para entender melhor esse processo de formação das imagem que enxergamos e saber os detalhes sobre essas três condições, é só clicar em Erros refrativos: tipos, causas, sintomas e tratamentos.

Em resumo:

2. Ambliopia (ou olho preguiçoso)

Diz respeito à falha no desenvolvimento da visão de um, ou ambos os olhos.

Ocorre quando o cérebro da criança não recebe a informação visual adequada em seus primeiros anos, momento em que ela ainda está "aprendendo a enxergar".

Pode ser provocada por:

Esta condição, caso não seja tratada de forma precoce, pode levar ao comprometimento visual irreversível.

Para saber todos os detalhes sobre essa doença ocular, incluindo causas, sintomas e tratamentos, é só clicar em Ambliopia: causas, sintomas e tratamentos.

3. Estrabismo

Estrabismo é uma alteração no alinhamento dos olhos na qual eles perdem a capacidade de olhar para o mesmo ponto simultaneamente. De forma mais comum, um dos olhos mantém-se alinhado e o outro apresenta o desvio. Frequentemente, a criança pode trocar o olho fixador (com o qual ela está olhando os objetos), alternando também o olho desviado.

O estrabismo pode ser:

Pode estar presente em todos os momentos ou ser intermitente.

Esta condição pode se apresentar em qualquer fase da vida, porém seu início é mais comum na infância. É uma das principais causas de ambliopia.

O tratamento pode incluir óculos, tampão, cirurgia ou até injeção de toxina botulínica.

Para saber mais sobre essa doença ocular, acesse o artigo “Estrabismo: causas, tipos, sintomas e tratamentos”.

4. Obstrução das vias lacrimais

É uma das doenças oculares em crianças que mais se manifesta pouco tempo após o nascimento.

Para entendê-la melhor: as lágrimas, que são produzidas por glândulas anexas às pálpebras superiores, fluem em direção aos olhos, preenchendo toda a sua superfície e lubrificando-os.

Depois, elas são drenadas por uma pequena abertura localizada no ângulo interno dos olhos e descem por um canal, chegando até o nariz e a garganta.

Este canal, por sua vez, quando sofre uma obstrução, provoca sintomas como lacrimejamento excessivo e, em casos mais graves, um leve inchaço na região lateral do nariz.

As causas para este bloqueio são variadas. Porém, a boa notícia é que ele costuma se curar sozinho, ou com o auxílio de massagens que estimulam o rompimento da obstrução. Quando essas alternativas não são suficientes, uma sondagem das vias lacrimais pode ser necessária.

Atenção: se houver muco, secreção, inchaço, vermelhidão e sensação de calor no local, pode ser que o quadro esteja acompanhado de uma infecção e, por isso, precise do uso de colírios antibióticos para se curar.

5. Alergia Ocular

As alergias oculares são reações provocadas por hipersensibilidade a algo ou alguma coisa. Elas podem ser agudas ou recorrentes, e costumam acometer grande parte da superfície ocular e/ou as pálpebras.

Os principais sintomas associados a este quadro são: sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira e quemose conjuntival (uma espécie de “bolha de água” que aparece na conjuntiva).

Para saber todos os detalhes possíveis sobre as alergias oculares, basta clicar em Alergia ocular: causas, sintomas e tratamentos.

6. Glaucoma

Apesar de ser uma condição que classicamente acomete idosos, o glaucoma também pode ocorrer em crianças. A condição é caracterizada por uma lesão do nervo óptico que, normalmente, está associada ao aumento da pressão ocular. Pode ser primário ou causado por outras doenças oculares. Alguns tipos tem um componente genético associado.

Uma das formas de apresentação na infância é o Glaucoma Primário Congênito. Trata-se de uma malformação na porção anterior do olho, que dificulta a drenagem do humor aquoso (líquido que preenche a câmara anterior do olho), fazendo com que ocorra elevação da pressão ocular.

Os principais sintomas são:

Estas alterações podem estar presentes já ao nascimento, porém geralmente são percebidas apenas nas primeiras semanas ou nos primeiros meses de vida.

Para saber todos os detalhes possíveis sobre o glaucoma congênito, basta clicar em Glaucoma congênito: o que você precisa saber?

7. Catarata congênita

A catarata é, basicamente, uma doença ocular caracterizada pela opacificação do cristalino, a tão famosa “lente natural” dos nossos olhos. Ela pode afetar um ou ambos os olhos, e geralmente só pode ser notada durante um exame ocular.

Suas causas principais envolvem o envelhecimento (e, consequentemente, a perda de elasticidade e transparência do cristalino), algumas doenças oculares (como a uveíte, por exemplo), traumas, diabetes e uso contínuo/prolongado de medicamentos que contêm corticosteroides.

Porém, apesar de raro, essa condição também pode ser hereditária, ou ainda relacionada a distúrbios metabólicos e infecções intra-uterinas (ocasionadas por infecções que a mãe tenha sofrido durante a gestação).

A doença nos bebês se manifesta pelos olhos, que adquirem uma leve opacidade branca e leitosa. Porém, como já explicamos, esse sintoma geralmente só é identificado durante uma consulta. Por isso, nunca deixe de fazer o acompanhamento oftalmológico dos seus filhos desde o começo.

Normalmente, essa condição nos pequenos só afeta uma pequena parte dos olhos, dispensando a necessidade de cirurgia. Porém, a única pessoa que saberá qual é a melhor decisão para a criança é o oftalmologista.

8. Ptose congênita

A ptose Diz respeito a queda da pálpebra superior e consequente redução da fenda palpebral (abertura dos olhos). Geralmente é associada a um defeito no músculo responsável por levantar as pálpebras superiores dos olhos.

Pode acometer um ou ambos os olhos e levar, dependendo da gravidade, ao comprometimento do desenvolvimento visual (ambliopia) ou a problemas ortopédicos no pescoço. Isso ocorre porque a criança passa a elevar o queixo para enxergar por baixo das pálpebras, fazendo com que adote uma posição da cabeça que pode prejudicar a coluna cervical. Na maioria dos casos, os próprios familiares notam a alteração.

A ptose congênita é corrigida por meio de cirurgia. O momento e o tipo de cirurgia a ser realizada dependem, principalmente, do grau de acometimento do centro da visão, da necessidade de adoção de uma posição de cabeça compensatória e do desconforto emocional e social causado pela alteração.

Porém, vale ressaltar que, quanto mais cedo essa correção for feita, menores são as chances da criança desenvolver alguma doença ocular.

9. Retinoblastoma

O retinoblastoma um tipo de câncer ocular que acomete crianças. Apesar de ser bastante raro, é o tumor maligno ocular mais frequente na infância. Além disso, é uma neoplasia muito agressiva, que pode provocar cegueira ou até mesmo a morte se não diagnósticada e tratada de forma precoce. Por outro lado, caso o tratamento adequado seja instituído rapidamente, as chances de cura são superiores a 90%.

O tumor pode acometer um ou ambos os olhos. Pode, ainda, ocorrer de forma esporádica ou familiar e estar associado ou não a mutação genética. Geralmente, se apresenta antes de 1 ano de idade, sendo mais frequente até os 3 anos. Raros casos podem acontecem após os 5 anos.

O principal sintoma dessa doença é a leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece quando o olho fica oposto a alguma fonte de luz como o flash de uma câmera fotográfica, por exemplo. Muito comum também é a queixa inicial ser de desvio ocular.

O tratamento, varia de acordo com o histórico do paciente, podendo ser feito por meio de cirurgia e/ou quimioterapia sistêmica, intravítrea e intra-arterial.

Enfim…

A conclusão que podemos tirar desse bate-papo de hoje é que a maioria das doenças oculares em crianças pode acontecer independentemente da quantidade de tempo que elas passam na frente das telinhas. Porém, hábitos como esse não deixam de ser perigosos por vários outros motivos.

No mais, a melhor forma de lidar com a saúde ocular dos seus filhos é manter as consultas oftalmológicas em dia e sempre tirar suas dúvidas com o médico responsável.

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Um abraço e até a próxima!

Peso e IMC: saiba o que é preciso para emagrecer com saúde

Manter o peso ideal e cuidar da saúde pode ser bem desafiador na atualidade, principalmente em uma cultura de consumo de comidas rápidas, gordurosas e, também, ricas em açúcar. Além disso, a sociedade vive em um momento que cultua dietas da moda e um ideal de beleza que, como já sabemos, pode não ser saudável.

Sendo assim, orientar-se verdadeiramente sobre a saúde e a alimentação, com tantas indicações e notícias, é muito complicado. Uma das ferramentas que podem nos ajudar a saber se estamos no peso ideal é o Índice de Massa Corporal (IMC).

Este, por sua vez, calcula qual a massa real do corpo em relação ao nosso peso e altura, e classifica o status geral do peso. Este, por sua vez, quando apresenta valores muito altos, pode indicar que o paciente está com sobrepeso, e é sobre isso que vamos falar no próximo tópico!

Os perigos do sobrepeso

O sobrepeso pode afetar a nossa saúde de várias formas. Afinal, é um dos fatores que aumenta as chances de se desenvolver várias condições de saúde como: obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta e alguns problemas cardiovasculares.

Conhecer os sinais do seu corpo, portanto, é muito importante para manter a vitalidade em dia. Para isso, existem recursos desenvolvidos pela medicina moderna que nos auxiliam e nos permitem compreender melhor o nosso organismo.

Uma das mesuras que nos ajudam na manutenção e controle da saúde, como já comentamos acima, é o IMC. Continue conosco para saber tudo o que precisa sobre esse assunto!.

A saúde e o estilo de vida:

Manter uma alimentação equilibrada e rica em vitaminas e nutrientes é fundamental. Vigiar a quantidade e o tipo de refeição que comemos pode ser indispensável na busca por uma vida saudável. Além disso, a hidratação constante e os exercícios físicos regulares são os melhores aliados para o controle do peso.

O autocuidado é uma forma de nos mantermos bem, tanto físico quanto emocional e psicologicamente. Às vezes, com a dinâmica do dia a dia, podemos nos esquecer até mesmo das coisas básicas (como beber água, ter atenção com a postura e oferecer uma nutrição adequada e consciente para o nosso corpo), o que pode ser muito prejudicial à saúde.

O problema é que o nosso corpo sempre acabamos sentindo os efeitos de um estilo de vida insalubre, mesmo que à longo prazo, e eles podem se manifestar de várias formas. Ao não darmos atenção às necessidades básicas (ou até mesmo específicas e momentâneas) do nosso organismo, perdemos a oportunidade de ter uma longevidade, atuando como agentes que trabalham contra si mesmos. Pesado, né?

Pode ser que alguns momentos que vivemos sejam mais difíceis, pedindo um dinamismo e praticidade. Porém devemos criar maneiras de ultrapassar as barreiras do cotidiano em prol de nós mesmos, pois ao envelhecermos, sentimos os efeitos e pagamos o preço por termos vivido de maneira desatenta ou desregrada.

Afinal: qual o peso ideal para a minha altura e idade?

Para muitas pessoas, essa é uma dúvida frequente e, certamente, elas querem saber a resposta para ela. Porém, é muito difícil estabelecer a média de um peso saudável ideal para cada indivíduo, porque existem diversos fatores para manter em dia a saúde, e cada um deles desempenha um papel distinto. Isso inclui idade, proporção de gordura muscular, altura, sexo e distribuição de gordura corporal ou, inclusive, a forma e estrutura corporal.

Não necessariamente uma pessoa com sobrepeso tem ou pode desenvolver problemas de saúde. Todavia, os pesquisadores acreditam que, apesar de esses quilos extras não serem o suficiente para afetarem a saúde de uma pessoa, a não atenção e cuidado com o peso, associadas ou não à práticas negativas para a saúde, pode gerar problemas no futuro.

O que é o Índice de Massa Corporal?

O índice de massa corporal é uma forma de fazer a avaliação quantitativa aproximada da gordura corporal com base na sua altura e peso. Ele não mede diretamente, mas usa uma equação para fazer uma estimativa.

O IMC pode ajudar a determinar se uma pessoa está com um peso saudável para as suas condições físicas, ou não. Quando ele está elevado, é um indicativo de que talvez haja muita gordura no corpo. Já quando baixo, pode ser um sinal de pouca gordura no corpo.

Uma pessoa que tenha um índice de massa corporal elevado pode ter maiores chances de desenvolver certas condições graves relacionadas ao excesso de peso, como doenças cardíacas, hipertensão, problemas circulatórios e diabetes. Já uma pessoa que apresenta um IMC muito baixo também pode desenvolver problemas de saúde, incluindo perdas ósseas, diminuição da função imunológica e anemia.

Como é calculado o índice?

O seu IMC é calculado dividindo o peso de uma pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. O número obtido como resultado é o seu Índice. E para saber as condições em que seu peso está, são usados os seguintes parâmetros:

Existem diferenças na leitura do IMC para crianças e adultos?

O cálculo do IMC é realizado da mesma forma para todas as pessoas, independentemente de sua idade. Entretanto, sua interpretação é realizada de maneira diferente para adultos, pessoas com menos de 20 anos e crianças.

Embora a fórmula seja a mesma, as implicações no resultado para crianças e adolescentes podem variar de acordo com a sua idade e sexo. A porção de gordura corporal muda de acordo com a idade, sendo, também, distinta em meninos e meninas jovens. As garotas geralmente acumulam e desenvolvem uma quantidade maior de gordura corporal, de maneira prematura, se comparada ao caso dos meninos.

Quais os problemas com o cálculo do IMC?

Apesar de o cálculo do IMC ser um recurso proveitoso na avaliação da condição corporal de crianças e adultos com possíveis problemas de peso, ele tem algumas limitações.

Uma delas é que ele pode superestimar a quantidade de gordura corporal em atletas e outras pessoas com alto índice de massa muscular. Assim como também pode subestimar a quantidade de gordura corporal em idosos e em outras pessoas que sofreram a perda de massa muscular.

Ou seja, IMC é uma medida muito básica que, embora leve em consideração a altura, não leva em conta outros fatores que são importantes e que também podem ter impacto na saúde, como:

Um exemplo interessante seriam os atletas de alto desempenho, que costumam ter massa muscular elevada e pouca gordura corporal. Porém, ao levar em conta o seu peso, eles podem ter um IMC alto porque possuem mais massa, mas isso não necessariamente significa que estão com sobrepeso.

O IMC também pode disponibilizar uma aproximação, apontando se o peso de uma pessoa é saudável ou não, e pode ser útil para medir tendências em estudos populacionais. No entanto, não deve ser visto como a única medida válida para averiguar se o seu peso é ideal ou não.

Mas o IMC está necessariamente relacionado com a saúde?

Normalmente, o ganho de peso está relacionado a um desequilíbrio energético. O corpo faz recurso de uma certa quantidade de energia dos alimentos para funcionar regularmente. E essa energia é obtida na forma de calorias, presentes nas refeições que fazemos.

Geralmente, o seu peso permanece o mesmo se você consome o mesmo número de calorias que seu corpo usa, ou "queima", para se manter vivo e fazer as atividades todos os dias. Caso você venha a ingerir mais calorias do que queima, acabará por ganhar peso ao longo do tempo.

O desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético é, certamente, um dos maiores determinantes para o ganho de peso.

Contudo, seu peso ideal e a distribuição de gordura no corpo são determinados pela predisposição genética. Além de, claro, pelas qualidades de alimentos que você come e o quanto você exercita.

Se você tem um IMC alto e não tem um gasto calórico muito grande, é interessante reduzi-lo para ter um status de peso saudável. Afinal, o IMC alto se relaciona a um risco maior de desenvolver problemas de saúde que podem se tornar graves, como:

E, ainda, novos estudos indicam que, na verdade, a gordura corporal (e não o IMC, como antes consideravam) está mais associada aos riscos de saúde citados acima.

Como lidar com a gordura corporal?

É possível reduzir a quantidade de gordura corporal e obter um peso mais saudável se exercitando regularmente (pelo menos três vezes por semana).

Você também deve ter bons hábitos alimentares - como comer apenas quando estiver realmente com fome, alimentar-se conscientemente e, também, escolher uma dieta rica em alimentos integrais, não processados ou industrializados - para evitar acumular gordura corporal.

É possível, também, procurar por um nutricionista. Ele pode te ensinar mais sobre quais alimentos comer, a quantidade destes para perder peso e dicas para adequar a sua dieta às suas necessidades básicas diárias.

Os riscos de um IMC baixo

Ainda pensando na relação do IMC com a saúde, não devemos nos preocupar apenas com o número alto como um causador de problemas de saúde. Um índice de massa corporal baixo também pode acarretar doenças.

Para se ter ideia, a insuficiência de gordura corporal pode provocar:

Caso você apresente um IMC baixo, converse sobre ele com o seu médico/nutricionista. Se acharem necessário, é possível aumentar a quantidade de comida que você come todos os dias, ou reduzir a quantidade de exercício. Isso pode ajudá-lo a ganhar peso saudavelmente.

Existem outras formas diferentes de medir a massa corporal?

Assim como existe o cálculo do IMC para averiguar a situação da nossa massa corporal, existem outras formas de calcular o status do nosso peso e, assim, da nossa saúde.

Como dito anteriormente, o IMC apresenta algumas falhas e lacunas, o que gerou outras formas de se calcular a situação da a nossa saúde corporal. Conheça algumas delas abaixo:

1. Medida de proporção da cintura-quadril:

Essa medida compara o tamanho da cintura em relação ao do quadril. Pesquisas apontam que pessoas com mais gordura corporal nessas regiões têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes.

Sendo assim, quanto maior a medida da cintura em proporção aos quadris, maior o risco. Por essa razão, a mensura da relação cintura-quadril (RCQ) é uma ferramenta útil para calcular se uma pessoa tem peso e tamanho saudáveis.

Como a RCQ afeta o risco de doença cardiovascular (DCV), suas medidas e parâmetros são diferentes para homens e mulheres, porque eles tendem a ter diferentes estruturas corporais.

A RCQ pode ser o jeito mais adequado de se fazer um prognóstico de ataques cardíacos e outros riscos à saúde que o IMC, que não leva em consideração a real distribuição de gordura e sua proporção em relação à massa muscular.

Um estudo de registros de saúde de 1.349 pessoas em 11 países, publicado em 2013, mostrou que aqueles com maior RCQ também apresentam maior risco de complicações médicas e cirúrgicas relacionadas à cirurgia colorretal.

No entanto, a RCQ não mede com total precisão o percentual geral de gordura corporal de uma pessoa, ou tampouco sua proporção músculo-gordura

2. Medida de proporção da cintura-altura:

A relação cintura-estatura (RCE) é outra ferramenta que pode prever o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e mortalidade geral com mais eficácia do que o IMC.

Normalmente, para uma pessoa cuja medida da cintura totaliza menos da metade da sua altura, o risco de obter várias complicações de saúde é menor.

Em um estudo publicado em 2014 na revista científica acadêmica Plos One, os pesquisadores concluíram que a RCE era um melhor preditor de mortalidade que o IMC.

Os autores também citaram as conclusões de outro estudo - envolvendo estatísticas para cerca de 300.000 pessoas de diferentes grupos étnicos - que concluíram que a RCE é melhor que o IMC na previsão de ataques cardíacos, derrames, diabetes e hipertensão.

As medidas que consideram o tamanho da cintura, ou circunferência abdominal, podem ser boas indicadoras dos riscos à saúde para uma pessoa, em função de que a gordura acumulada ali pode ser prejudicial ao coração, rins e fígado.

3. Medida de porcentagem da gordura corporal:

A medida do percentual de gordura corporal é calculada pelo peso total da gordura de uma pessoa dividido pelo peso total. A gordura corporal total inclui gordura essencial, aquela que o nosso corpo realmente precisa para sobreviver, e a armazenada.

Mas o que é e para que serve o armazenamento de gordura?

Ele constitui o tecido adiposo que protege os órgãos internos do tórax e do abdômen, e o corpo pode usá-lo se necessário para obter energia.

Assim como os outros índices, existem as diretrizes ideais aproximadas de porcentagem de gordura corporal para homens e mulheres. Elas dependem do tipo de corpo e do nível de atividade de uma pessoa.

Normalmente, uma alta proporção de gordura corporal pode tanto indicar, quanto ocasionar um maior risco de:

Calcular o percentual de gordura corporal é uma forma interessante de mensurar o nível de condicionamento físico de uma pessoa, pois reflete a sua composição corporal. O IMC, por outro lado, não nos permite fazer distinções entre gordura e massa muscular.

E como medir a gordura corporal?

Bom, as maneiras mais usuais envolvem usar um medidor de dobras cutâneas, que tem pinças especiais para beliscar a pele. Elas são realizadas por um profissional de saúde, que medirá o tecido das regiões com maior concentração de gordura (coxa, abdômen, tórax, para homens, ou braço, para mulheres).

São outras técnicas para medir a massa corporal:

Concluindo…

As medidas de Índice de massa corporal (IMC), razão cintura/quadril (RCQ), razão cintura/altura (RCA) e percentual de gordura corporal são boas formas de avaliar um peso saudável. Além disso, combiná-las pode ser uma forma de entender se você precisa tomar medidas para o controle de peso, ou não.

É importante pontuar que nenhuma dessas medições podem fornecer uma leitura totalmente precisa, porém as estimativas são próximas o suficiente para permitir uma avaliação razoável.

Caso você, ou alguma pessoa conhecida, se mostre preocupada com seu peso, medidas ou composição corporal, é fundamental conversar com um médico ou nutricionista para tirar as dúvidas e averiguar apropriadamente a situação.

Lembre-se: somente profissionais capacitados poderão, de fato, pontuar ou aconselhar sobre o seu status de saúde e as opções adequadas para lidar com ele.

Porém não podemos esquecer que o mais importante é está bem consigo mesmo e, claro, saudável. Existem diversas maneiras de cuidar da saúde e evitar problemas futuros, cabe a nós escolher o que mais se adequa ao nosso estilo de vida e colocar em prática. Saiba mais sobre os princípios para uma alimentação saudável em Alimentação saudável: quais são seus 12 princípios?.

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Glaucoma: tudo que você precisa saber

O Glaucoma é uma doença caracterizada pela lesão do nervo óptico, geralmente associada ao aumento da pressão ocular. É a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

Por ser silencioso, o glaucoma só pode ser detectado em uma consulta oftalmológica, através da medição da pressão ocular ou da observação de alterações no nervo óptico.

É recomendado realizar avaliações anuais, especialmente após os 40 anos de idade, quando essa e outras doenças são mais comuns.

Causas do glaucoma

O humor aquoso, líquido que preenche a porção anterior do olho, é constantemente produzido no corpo ciliar, circula dentro das câmaras anterior e posterior e é drenado para fora do olho principalmente através do trabeculado e do canal de Schlemm, estruturas localizadas entre a córnea e a íris.

No glaucoma, classicamente existe uma dificuldade de drenagem do humor aquoso, que se acumula dentro do olho e aumenta a pressão ocular. O aumento da pressão leva à lesão das fibras nervosas do nervo óptico e à perda progressiva da visão.

Atualmente se sabe que o glaucoma é mais complexo do que apenas o aumento da pressão ocular. Existem casos, por exemplo, de pacientes com alterações típicas glaucomatosas e medidas normais de pressão.

Portanto, considera-se que o glaucoma é uma doença do nervo óptico e que o aumento de pressão é o maior fator de risco para que ele ocorra.

Diagnóstico do Glaucoma

Durante uma consulta oftalmológica são realizados diversos exames de rotina: medida da acuidade visual, medida do grau dos óculos (refração), medida da pressão ocular (tonometria), exame da parte anterior do olho (biomicroscopia) e do fundo do olho (fundoscopia). Entenda como esses exames podem diagnosticar o glaucoma.

Tonometria

A tonometria é o exame que mede a pressão ocular. Internacionalmente, são consideradas normais medidas até 21 mmHg.

Durante a consulta, é feita uma medida isolada da pressão ocular. Existe, porém, uma variação normal dos valores de um dia para o outro e também ao longo do mesmo dia.

Por esse motivo, quando existe a suspeita de glaucoma é importante obter várias medidas, realizando consultas sucessivas em horários diferentes ou a curva diária de pressão. Durante a curva, o paciente permanece na clínica durante parte do dia realizando várias medidas em horários programados.

Paquimetria

Paquimetria é a medida da espessura da córnea. O aparelho normalmente utilizado para medir a pressão ocular, o tonômetro de Goldmann, sofre influência desta espessura.

Nos pacientes com suspeita ou diagnóstico de glaucoma, é necessário usar a paquimetria para verificar o grau de confiabilidade da tonometria.

Teste de sobrecarga hídrica

Exame utilizado para avaliar o comportamento da pressão ocular. Durante este teste, o paciente ingere 1 litro de água entre as medidas da tonometria.

O aumento da quantidade de líquido dentro do olho cria uma sobrecarga do sistema de escoamento. Se houver alteração da drenagem, a pressão ocular irá subir.

Gonioscopia

A gonioscopia é o exame que classifica o tipo de glaucoma. Utilizando uma lente especial, o oftalmologista examina internamente o seio camerular, estrutura através da qual ocorre o escoamento do líquido intraocular para fora do olho.

O seio camerular é classificado em aberto ou fechado e são observadas alterações associadas como pigmentos, depósitos e alterações inflamatórias.

Biomicroscopia de fundo

O exame clínico do nervo óptico e camada de fibras nervosas da retina é realizado principalmente através da biomicroscopia de fundo e pode revelar alterações típicas do glaucoma, como o aumento da escavação do nervo óptico.

Retinografia

A retinografia é uma foto colorida do fundo de olho, que documenta o nervo óptico e a retina e serve para comparações futuras.

Tomografia de coerência óptica (OCT)

A tomografia de coerência óptica avalia o nervo óptico e a retina. É o exame de glaucoma que tem evoluído mais rapidamente e trazido avanços importantes para o diagnóstico do glaucoma. Ele auxilia muito nos casos precoces e nos duvidosos, sendo uma ferramenta muito útil para o acompanhamento da doença.

Campo visual computadorizado

O exame de campo visual avalia funcionalmente a visão, mostrando alterações periféricas e centrais típicas do glaucoma. É um exame que exige concentração e aprendizado, muitas vezes exigindo repetição nas primeiras vezes em que é realizado.

O diagnóstico do glaucoma se baseia na avaliação de vários achados da avaliação oftalmológica, resultados de exames complementares, história prévia e familiar do paciente. Nem sempre o diagnóstico é confirmado na primeira avaliação. Algumas vezes é necessário observar a evolução ao longo do tempo para se ter certeza de que o paciente é portador da doença.

Para saber mais sobre o diagnóstico do glaucoma, leia:

Tipos de glaucoma

Glaucoma de ângulo aberto

Tipo mais freqüente, responde por mais de 90% dos casos de glaucoma. Muito silencioso, pode não ser percebido até que ocorra perda importante da visão.

Formam-se inicialmente manchas cegas na periferia que aumentam e se confluem até que a visão restante seja como um túnel estreito. Se não for tratado, ocorre perda da visão central e cegueira definitiva.

Para saber mais sobre o glaucoma de ângulo aberto, leia: Glaucoma primário de ângulo aberto: o que você precisa saber?

Glaucoma de ângulo fechado

Pode ser agudo ou crônico. Nos casos agudos ocorre um bloqueio súbito da drenagem pela íris, levando ao aumento agudo da pressão ocular com sintomas como dor de cabeça, dor ocular intensa, olho vermelho, visão de halos em volta das luzes, embaçamento visual, enjôo e vômitos.

O glaucoma de ângulo fechado é mais comum em mulheres, hipermetropes e asiáticos.

Glaucoma de pressão normal

Nesses pacientes observa-se lesão do nervo óptico típica de glaucoma, porém com a medida da pressão ocular dentro da faixa normal.

O mecanismo de lesão é desconhecido, provavelmente associado à alteração do fluxo sanguíneo para o nervo óptico.

Os fatores de risco para o glaucoma de pressão normal são: anormalidade no fluxo sanguíneos para os olhos, como ocorre em portadores de enxaqueca e apnéia do sono, doenças autoimunes e pressão arterial baixa.

Para saber mais sobre o glaucoma de pressão normal, leia: Glaucoma de pressão normal: o que você precisa saber?

Glaucoma congênito

Geralmente hereditário, diagnosticado ao nascimento ou durante os primeiros anos de vida. É um tipo muito grave de glaucoma, que geralmente necessita de tratamento cirúrgico.

Para saber mais sobre o glaucoma congênito, leia: Glaucoma congênito: o que você precisa saber?

Glaucoma pigmentário

Causado pela obstrução do trabeculado por grânulos de pigmentos da íris.

Para saber mais sobre o glaucoma pigmentário, leia: Glaucoma pigmentário: o que você precisa saber?

Glaucoma secundário

Ocorre como complicação de outras doenças oculares como uveíte, trauma, catarata, diabetes e obstruções vasculares.

O uso de medicamentos como corticosteróides orais, tópicos ou inalatórios usados cronicamente também pode levar ao glaucoma.

Tratamento clínico do glaucoma

O tratamento do glaucoma geralmente se inicia com o uso de medicamentos em forma de colírios e, se não houver redução suficiente da pressão ocular, associação de duas ou mais drogas. Existem colírios para glaucoma contendo múltiplas medicações no mesmo frasco para facilitar a adesão ao tratamento e melhorar o conforto do paciente.

As medicações antiglaucomatosas agem de duas formas: reduzem a produção do humor aquoso ou aumentam a sua drenagem.

As principais classes de medicamentos são:

Tratamento cirúrgico do Glaucoma

Existem vários tipos de procedimentos para tratar o glaucoma e, muitas vezes, são usados em associação. Entenda como é feita cada tipo de cirurgia de glaucoma:

Trabeculoplastia a laser seletiva

A trabeculoplastia seletiva (SLT) utiliza o Yag laser para estimular as células a fazerem uma limpeza do trabeculado, melhorando a drenagem do humor aquoso.

Eficaz em 70 a 80% dos olhos tratados, consegue uma redução de 20 a 30% da pressão ocular, observada após 2 ou 3 meses após o procedimento. O efeito tem duração de 1 a 5 anos.

Iridotomia a laser

Indicada para pacientes portadores de ângulo estreito, mesmo que não apresentem glaucoma. Nestes casos existe risco de bloqueio do trabeculado pela íris e de glaucoma agudo.

A iridectomia cria um orifício de passagem na íris que comunica as câmaras anterior e posterior, o que previne que a íris obstrua o sistema de drenagem do olho.

Trabeculectomia

Cirurgia de glaucoma mais realizada em todo o mundo, a trabeculectomia convencional é eficaz em até 90% dos casos. Ela cria uma via alternativa de drenagem, que leva o humor aquoso para o espaço subconjuntival. Por outro lado, é uma cirurgia que apresenta vários riscos e complicações, além de algumas vezes não ser definitiva.

Em alguns pacientes, o processo de cicatrização faz com que, ao longo dos anos, a pressão volte a subir e o paciente precise novamente de colírios ou outro procedimento.

Tubos de drenagem

Indicados quando a trabeculectomia não foi eficiente ou quando ela não é possível, nos casos de conjuntivas excessivamente cicatrizadas, por exemplo. O tubo mais utilizado mundialmente é o de Ahmed.

Cirurgia de glaucoma minimamente invasiva (MIG)

A busca por uma cirurgia de glaucoma mais segura levou ao desenvolvimento de minúsculos dispositivos de drenagem feitos de material biocompatível, que são implantados no trabeculado e escoam diretamente para o canal de Schlemm, sistema de drenagem natural do olho.

O pioneiro entre eles foi o iStentⓇ, que consegue uma redução moderada da pressão, entre 15 e 25% (vídeo). Existem outros tipos de dispositivos capazes de drenar o humor aquoso para o espaço supracoroideano (acima da coróide) ou para o espaço subconjuntival (entre a esclera e a conjuntiva).

Frequentemente implantados durante uma cirurgia de catarata, causam mínimo trauma, são muito seguros e a recuperação pós operatória é rápida.

Dispositivos utilizados atualmente:

Para saber mais sobre o tratamento do glaucoma, leia: Como funciona o tratamento do glaucoma?

Acompanhamento do paciente com glaucoma

O acompanhamento periódico dos pacientes com glaucoma é primordial para garantir que a pressão ocular seja realmente controlada. O intervalo entre as consultas é determinado pela gravidade do quadro.

Exames complementares são realizados pelo menos uma vez ao ano, visto que em alguns casos, mesmo com a pressão ocular em níveis normais, ocorre progressão da lesão no nervo óptico e piora do campo visual.

Prevenção do glaucoma

Não é possível prevenir o aparecimento do glaucoma, mas o diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem retardar ou impedir a progressão da doença e a perda da visão.

O glaucoma é uma doença silenciosa e com consequências potencialmente devastadoras quando não é tratado, pois as fibras nervosas que são perdidas nunca mais se recuperam. Com o passar do tempo, a perda se acumula e o campo visual e a visão se deterioram irreversivelmente.

Conhecer como a doença acontece, qual o papel dos medicamentos e quais cuidados tomar durante o tratamento é primordial para evitar uma perda visual e seus inúmeros impactos negativos. Seja consciente, você é o principal responsável pela sua saúde!

Para saber mais sobre o glaucoma, leia

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Catarata: o que é, sintomas e tratamentos

A catarata nos olhos é a causa mais comum de cegueira reversível no mundo. Ela ocorre porque, com o passar dos anos, o cristalino perde progressivamente a sua transparência.

Este processo é mais evidente após os quarenta anos e comumente causa alterações na visão após a sexta década de vida.

Causas

Alterações na composição química do cristalino e desnaturação de suas proteínas levam à perda da elasticidade e da transparência. O envelhecimento é a principal causa da catarata, mas esta ocorre também associada a doenças oculares como uveítes (inflamação ocular), trauma ocular, diabetes e uso de medicamentos como os corticosteróides.

Na catarata congênita, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o bebê nasce com opacidade do cristalino em um, ou ambos os olhos. Estes casos devem ser detectados e tratados precocemente para que não ocorra prejuízo definitivo na visão da criança.

Fatores de risco

Sintomas da catarata nos olhos

Inicialmente, o paciente que está desenvolvendo catarata pode relatar melhora da visão para perto. Isto ocorre porque as alterações no cristalino levam a uma miopização. Em um paciente hipermetrope, ocorre diminuição da hipermetropia e, em um paciente míope, um aumento da miopia.

As cores podem ficar mais apagadas e a dificuldade visual começa a ser percebida quando o ambiente tem pouca luminosidade. Fica mais difícil ler e dirigir à noite, por exemplo.

Os sintomas mais freqüentes em portadores de catarata nos olhos são:

Diagnóstico

A catarata progride lentamente e, muitas vezes, o paciente demora a perceber que há algo errado. Em um exame de rotina, o oftalmologista detecta a baixa de visão e observa a presença de opacidade do cristalino. Outras alterações oculares, que poderiam afetar também a visão, devem ser afastadas.

Catarata tem cura?

O tratamento da catarata nos olhos é feito por meio de uma cirurgia chamada facoemulsificação. Durante o procedimento, ela é removida e, no lugar, é implantada uma lente intraocular para corrigir o “grau” resultante da retirada da lente natural do olho.

Inicialmente, a baixa de visão provocada pela catarata não traz dificuldades para o paciente. Nesta fase, podem ser prescritos novos óculos, se houver mudanças, e o quadro acompanhado periodicamente pelo especialista.

A indicação de cirurgia depende de vários fatores:

Para saber mais sobre o momento certo de fazer a cirurgia de catarata, leia:

Cirurgia de catarata: quando fazer?
Cirurgia de catarata: qual o momento certo?

Cirurgia de catarata: como funciona?

A cirurgia de catarata, chamada facoemulsificação, é realizada sob anestesia local e sedação leve. É um procedimento delicado, que envolve uma aparelhagem extremamente moderna e um cirurgião bem treinado.

Lentes intraoculares

A simples remoção do cristalino tende a deixar o olho extremamente hipermetrope. Para evitar isso são implantadas lentes no momento da cirurgia. As lentes têm a capacidade de corrigir também alterações pré-existentes como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.

O cálculo do “grau” das lentes é feito por meio de exames pré operatórios: topografia corneana e ecobiometria ultrassônica ou a laser. A topografia detecta as curvaturas da córnea e a ecobiometria mede o comprimento do olho. Utilizando estes parâmetros e fórmulas matemáticas, é possível calcular o “grau” da lente para atender a necessidade de cada olho. A escolha do tipo de lente intraocular a ser utilizada depende do perfil do paciente.

Material

Em relação ao material, as melhores lentes são feitas de acrílico, material inerte e que não interage com os tecidos e líquidos intra oculares. O resultado visual é excelente e duradouro, minimizando a chance de opacidade da lente ou da cápsula no pós operatório, como ocorria com as lentes de silicone, utilizadas antigamente.

Tamanho

Quanto ao tamanho, as lentes devem passar através da minúscula incisão feita na córnea, para evitar que esta seja ampliada e necessite de pontos. Por este motivo, as lentes utilizadas na grande maioria das cirurgia são dobráveis e implantadas no olho utilizando um injetor especial.

As lentes convencionais conseguem corrigir apenas a miopia, a hipermetropia e astigmatismos baixos. Após a cirurgia, o mais comum é que não sejam necessários óculos para longe, mas apenas para leitura. No caso de pacientes com astigmatismo acima de 1,00 grau, provavelmente serão prescritos óculos multifocais no pós operatório.

Melhores opções para cada caso

Atualmente, existem várias lentes de tecnologia bastante avançada, desenvolvidas para corrigir os astigmatismos maiores e até a presbiopia (vista cansada). Elas são chamadas de lentes Premium.

Atenção!

É importante lembrar que o cálculo do grau das lentes intraoculares é feito por meio de fórmulas matemáticas e, por mais modernos e detalhados que forem os exames e programas, o resultado final pode não ser exato e, o paciente, provavelmente precisará de óculos no pós operatório. Além disso, a cicatrização é um processo individual e o resultado pode ser afetado por uma fração de milímetro na posição final da lente. Se necessário, o “grau” residual pode ser corrigidos com o uso de laser (cirurgia refrativa).

Complicações da cirurgia de catarata nos olhos

A ocorrência de complicações é rara na cirurgia de catarata por facoemulsificação quando realizada por um cirurgião experiente. Cuidados são tomados antes e depois da operação para prevenir infecção, que ocorre em menos de um caso em mil cirurgias. Outras ocorrências possíveis são edema macular, edema de córnea, hemorragia, descolamento de retina, deslocamento da lente intraocular, aumento da pressão ocular, astigmatismo e ptose.

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Saúde ocular: os principais problemas de visão na terceira idade

Dificuldades para enxergar, forçar a vista para ler, olhos vermelhos e embaçados, dores de cabeça etc podem ser sinais de que há algo errado com a visão.

Com o passar dos anos o nosso corpo tende a não ser mais o mesmo e, com tantas mudanças, é bom ficarmos atentos aos sinais que indicam que algo não vai bem com a nossa saúde ocular. Nossos olhos podem ser os primeiros a sentirem as transformações.

Os principais problemas de visão na terceira idade

Para quem passou dos 60, a boa visão representa qualidade de vida e manutenção da autonomia durante a velhice. Sua ausência pode levar o indivíduo ao isolamento, pois ele perde o controle sobre o ambiente à sua volta e fica com medo de sair de casa.

Estudos mostram que a principal queixa oftalmológica dos idosos é a dificuldade para ler e escrever, destacando a importância destas atividades na comunicação e integração socioeconômica. A piora visual aumenta o risco de quedas, de depressão e aumenta a dependência.

Doenças que afetam a saúde ocular

Existem diversas doenças que afetam a visão. A grande maioria não tem uma causa definida e pode estar associada a alguns fatores de risco como: tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e excesso de exposição ao sol, principalmente para quem já passou dos 60.

Entre os principais problemas apresentados pelas pessoas na terceira idade, em todo o mundo, estão a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a retinopatia diabética.

Catarata

A catarata é a opacificação da lente do olho, chamada cristalino. É a causa mais comum de cegueira reversível no mundo.

Após os 60 anos, aumentam-se as chances de desenvolver catarata, especialmente em pessoas que apresentam outros fatores de risco como história familiar, diabetes, uso de corticosteróides, tabagismo, cirurgia, inflamação ou trauma ocular no passado.

A cirurgia de catarata é um procedimento oftalmológico frequentemente realizado e tem ótimos resultados.

Glaucoma

O glaucoma é uma das principais causas da cegueira na terceira idade. As suas causas são desconhecidas, porém diversos fatores de risco são descritos:

O glaucoma é uma doença silenciosa e não causa sintomas até estar bem avançado. A única forma de prevenção é realizar exames oftalmológicos periodicamente Quando diagnosticado no início, é possível controlar o avanço da doença, preservar a saúde ocular e evitar a perda de visão.

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é a principal causa de cegueira após os 60 anos de idade. A doença é caracterizada pela degeneração da mácula, região responsável pela visão central, com depósitos de drusas e alterações pigmentares.

Assim, quem sofre com a DMRI perde a capacidade de enxergar detalhes, reconhecer pessoas e se adaptar a ambientes pouco iluminados.

Existem duas formas de DMRI, úmida e seca. A forma úmida é menos comum, porém muito agressiva e pode progredir rapidamente para a cegueira. A forma seca tem progressão mais lenta e a visão se deteriora lentamente. Existe tratamento apenas para a forma úmida da DMRI.

Retinopatia Diabética

O diabetes é uma doença crônica grave em que ocorre aumento da glicemia. Este excesso de açúcar no sangue causa lesão em diversos locais do organismo, especialmente no coração, rins, olhos e pés.

Nos olhos, o diabetes pode causar a retinopatia diabética, ao afetar os vasos da retina e, consequentemente, a saúde ocular. A parede dos vasos é lesada levando à formação de microaneurismas, extravasamento de plasma e hemorragias.

Se não tratada, evolui para a formação de neovasos, descolamento de retina e cegueira. A retinopatia diabética pode ocorrer em qualquer idade, dependendo do momento de início da doença e de seu controle.

Descolamento de retina

O descolamento de retina é uma condição grave que representa um sério risco de perda definitiva da visão.

A retina é a camada responsável pela captação dos raios luminosos e transmissão de impulsos elétricos, através do nervo óptico, até o cérebro, para formar as imagens. Quando se afasta do seu leito, a retina fica sem nutrição e suas células entram em sofrimento.

O tratamento de um descolamento de retina deve ser o mais rápido possível para maior chance de recuperação da visão.

Prevenção de doenças e manutenção da saúde ocular

A principal arma para prevenir a perda visual por estas e outras doenças é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores as chances de sucesso.

Igualmente importante é cultivar hábitos saudáveis, que por si só eliminam vários dos fatores de risco para doenças. Uma alimentação equilibrada, boa hidratação, controle de stress, evitar álcool e cigarro, proteger os olhos do sol são alguns bons hábitos que podemos cultivar para conservar nossa visão e a nossa saúde por muito tempo.

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Tudo que você precisa saber sobre Blefaroplastia

A região dos olhos costuma sofrer com os sinais de envelhecimento e cansaço. Excesso e flacidez da pele palpebral e bolsas de gordura evidentes abaixo dos olhos são alguns dos maiores incômodos. A boa notícia é que eles podem ser solucionados pela blefaroplastia.

O que é a blefaroplastia?

A blefaroplastia, também conhecida como cirurgia plástica das pálpebras, rejuvenesce a aparência do rosto e deixa o olhar com o aspecto mais descansado.

Além da retirada da pele excessiva e das bolsas de gordura, o procedimento também ajuda a amenizar rugas na região.

Indicações e Contraindicações

Por tratar os sinais de envelhecimento na região dos olhos, a cirurgia é mais comum em pessoas a partir de 40 anos, embora possa ser realizada também em pacientes mais jovens, desde que diagnosticada real necessidade.

Existem algumas técnicas menos invasivas que um procedimento cirúrgico. Porém, elas são recomendadas apenas para pacientes mais jovens, com sinais bem iniciais. Para as pessoas com sintomas mais acentuados, a blefaroplastia é a melhor opção.

A cirurgia de pálpebras pode ser contraindicada para pacientes com olho seco grave, ou com doenças na superfície ocular.

Para saber se a blefaroplastia é a melhor solução para o seu caso, é muito importante realizar uma avaliação prévia com um oftalmologista experiente em cirurgia plástica ocular.

Como a blefaroplastia é feita?

A cirurgia consiste na retirada de pele e/ou bolsas de gordura, por meio de um corte feito de forma delicada e estratégica.

Na pálpebra superior, as incisões são feitas no côncavo, acompanhando a dobra das pálpebras. Já na pálpebra inferior, o corte é feito próximo à implantação dos cílios, também acompanhando o traço natural do olho.

Em ambos os casos, o procedimento feito dessa maneira resulta em cicatrizes muito discretas, praticamente imperceptíveis na maioria dos pacientes. Os pontos da sutura podem ser absorvíveis (o próprio corpo absorve naturalmente), ou removíveis (é preciso voltar ao médico para retirá-los).

Blefaroplastia a laser

Existe, também, a possibilidade de se realizar a cirurgia com o auxílio do laser de CO² que, ao mesmo tempo em que faz o corte, já cauteriza a região. Ele auxilia na melhoria do aspecto e textura da pele.

Blefaroplastia inferior via transconjuntival

Outra opção cirúrgica é a realização da blefaroplastia inferior via transconjuntival, indicada para as pessoas que apresentam apenas bolsas de gordura na pálpebra inferior, sem excesso de pele.

Nessa técnica, nenhum corte na pele é necessário e a incisão é feita internamente, apenas na mucosa conjuntival, não deixando, assim, cicatrizes visíveis.

O procedimento

A blefaroplastia é um procedimento rápido, que dura entre 40 minutos e 1 hora e meia, e pode ser feito apenas com anestesia local e sedação.

Não é necessária a internação e o paciente pode ir para casa algumas horas após a cirurgia.

Resultados

Como já falamos, os resultados da blefaroplastia costumam ser muito naturais e deixam cicatrizes praticamente invisíveis. Casos de queloide nessa região são raros.

Com 30 dias após a cirurgia, os resultados já são notáveis. Porém, consideramos que o resultado final ocorre após 3 meses do ato cirúrgico.

Sendo os olhos uma região importante para a estética facial, a melhora na aparência do rosto, provocada pela cirurgia, mexe muito com a autoestima dos pacientes. Olhos com a aparência descansada trazem uma aura de saúde, vitalidade e juventude.

É importante lembrar que, apesar de ser uma cirurgia estética, os médicos priorizam sempre o aspecto funcional da pálpebra, tão importante para a proteção dos olhos.

Pré-operatório

Alguns exames de sangue são solicitados no pré-operatório, para garantir que a cirurgia possa ser feita em segurança. Uma avaliação clínica de risco cirúrgico também é recomendado.

De modo geral, medicamentos anticoagulantes como a aspirina, por exemplo, devem ser evitados durante a semana que antecede a cirurgia.

Por fim, também é recomendado ficar sem fumar um mês antes e um mês depois do procedimento. Afinal, o tabagismo prejudica a microcirculação e pode comprometer a cicatrização.

Pós-operatório

O pós-operatório normalmente é tranquilo e praticamente indolor. Sem necessidade de internação, o paciente recebe alta médica no mesmo dia da cirurgia e não é necessário repouso total nos dias que se seguem, apenas repouso relativo.

É comum aparecerem hematomas e a região ficar inchada, mas compressas geladas sobre os olhos ajudam a reduzir esses efeitos.

Cuidados com a lubrificação ocular também são importantes. Por isso, é possível que seu médico indique colírios, além de pomadas e outros medicamentos para ajudar na cicatrização, assim como antibióticos preventivos ou analgésicos, em caso dor.

Além de ficar sem fumar por no mínimo 30 dias, também é preciso evitar o sol no pós-operatório. Caso isso não seja possível, Intensifique a proteção da região utilizando protetor solar e óculos escuros.

Importante:diferença entre blefaroplastia e cirurgia para correção de ptose palpebral

É essencial destacar que a blefaroplastia é extremamente eficiente na remoção de pele e bolsas de gordura da pálpebra, mas não é capaz de corrigir a ptose.

Pacientes com ptose apresentam uma considerável queda da pálpebra, causada por problemas na sua musculatura, que pode levar à restrição do campo visual.

A correção da ptose é diferente da blefaroplastia e muito mais complexa, uma vez que é necessário reduzir o comprimento dos músculos que levantam a pálpebra.

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Degeneração macular relacionada à idade (DMRI): principais dúvidas

A degeneração macular relacionada à idade é frequente em pessoas acima de 65 anos e pode provocar perda visual irreversível. Reunimos aqui as principais perguntas e respostas sobre a doença, suas causas, diagnóstico e tratamento. Boa leitura!

O que é a degeneração macular relacionada à idade?

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença que leva a alterações na mácula, região central da retina responsável pela visão dos detalhes. Ela se desenvolve lentamente e pode provocar a perda da visão.

A DMRI é genética?

Existem fatores genéticos associados à degeneração macular relacionada à idade. Pessoas com pais ou irmãos com a doença têm um risco aumentado de desenvolvê-la. Outros fatores de risco relacionados à DMRI são a idade e o tabagismo.

O que sente uma pessoa com DMRI?

No início, a degeneração macular não provoca sintomas. Nesta fase, o diagnóstico pode ser feito pelo oftalmologista ao observar alterações no fundo de olho do paciente.

Com a progressão, podem ocorrer:

Tenho degeneração macular e minha visão está embaçada. Por que meus óculos novos não ajudaram?

As lentes dos óculos ajudam o olho a focar os raios de luz no lugar certo da retina, para formar as imagens. Se a retina está danificada, ela não consegue processar as informações recebidas.

Catarata, glaucoma ou retinopatia diabética podem interferir na DMRI?

Não. Outras doenças oculares não interferem na evolução da DMRI. Porém, se estas doenças provocarem alterações da visão, essas podem se somar à perda provocada pela degeneração macular.

Tenho catarata e DMRI. Vale a pena operar?

Em pacientes com DMRI avançada e perda importante da visão, a cirurgia de catarata melhora a visão periférica e a qualidade de vida, mesmo que não aja ganho na acuidade visual central.

Quais são os tipos de DMRI?

Existem dois tipos de degeneração macular: seca e úmida.

A degeneração macular seca é o tipo mais comum, ocorrendo em 90% dos paciente. Geralmente acomete os dois olhos. O paciente perde lentamente a visão central, o que dificulta ler, dirigir e reconhecer os rostos das pessoas.

Imagem microscópica de uma olho com degeneração relacionada à idade (DMRI) seca.

DMRI seca

A degeneração Macular Úmida ou exsudativa é mais grave que a forma seca. Ela acontece quando há uma formação anormal de vasos na coroide, camada localizada abaixo da retina. Forma-se uma estrutura chamada membrana neovascular subretiniana (MNVSR), que cresce e progride em direção à mácula. Os vasos anômalos podem extravasar fluidos e sangue, levando a inchaço (edema), hemorragias e lesão das células da retina.

A progressão da degeneração macular úmida é mais rápida, podendo levar rapidamente à formação de uma cicatriz e à perda da visão central.

Imagem microscópica de uma olho com degeneração relacionada à idade (DMRI) úmida.

DMRI úmida

Como é feito o diagnóstico da DMRI?

Mesmo na fase inicial, quando não há sintomas, a degeneração macular pode ser diagnosticada por meio de um exame de fundo do olho. O especialista suspeita da doença quando a mácula apresenta depósitos amarelados chamados drusas, associadas à baixa de visão.

Alguns exames complementares são necessários para confirmar o diagnóstico:

O que é a tela de Amsler?

A tela de Amsler é um teste para avaliação da visão central que pode ser realizado periodicamente pelo próprio paciente, em casa. Se, durante o auto-exame, forem notadas manchas ou distorção na visão, o oftalmologista deve ser procurado imediatamente.

Tela de Amsler, um teste para avaliação da visão central que pode ser realizado periodicamente pelo próprio paciente, em casa. Ela é usada para o diagnóstico para da degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

  1. Use seus óculos de perto para realizar o teste, se este for o caso.
  2. Teste um olho de cada vez
  3. Segure a cartela a 25 ou 30 cm de distância.
  4. Fixe a visão no ponto central e observe se as linhas estão todas paralelas.

Qual o tratamento da DMRI?

Não existe tratamento eficaz para a degeneração macular seca. Recomenda-se uma dieta balanceada e suplementos vitamínicos contendo vitamina C, vitamina E, Ômega 3, luteína e zeaxantina, zinco e cobre para retardar a progressão da doença.

A suplementação é indicada apenas para pacientes que apresentam sinais de DMRI moderada, pois não existem benefícios comprovados em pacientes sem a doença ou em seus estágios iniciais.

A DMRI úmida é tratada geralmente com a aplicação de injeções intravítreas de antiangiogênicos.

O que são os antiangiogênicos?

Os antiangiogênicos são substâncias que inibem a formação e proliferação de vasos sanguíneos. Como o principal problema na DMRI úmida é a presença de vasos anômalos abaixo da retina (membrana neovascular subrretiniana), essa medicação está indicada.

Atualmente, existem duas drogas aprovadas no Brasil para tratar a DMRI Úmida: Ranibizumabe (Lucentis®) e Aflibercept(Eylea®).

Como são aplicados os antiangiogênicos?

O medicamento é administrado por meio de uma injeção no olho, sob anestesia local. Esse procedimento é conhecido como injeção intravítrea. Podem ser necessárias várias aplicações, no período de meses ou anos.

Figura representando uma injeção de antiangiogênico sendo aplicada em um olho.

Fonte: All about vision

O plano de tratamento varia de acordo com o paciente e a resposta à medicação. Geralmente, o protocolo se inicia com a aplicação de três injeções em intervalos de 30 dias. Após a fase de indução inicial, o paciente é avaliado mensalmente e uma nova aplicação é indicada caso ocorra piora da visão causada pela DMRI.

O tratamento é recomendado atualmente pelo período de 24 meses. Os trabalhos mostram que, após esse prazo, ocorre formação de cicatriz no local da membrana. Dessa forma, novas injeções não trazem benefícios e podem levar até a uma piora do quadro.

Todos os casos de DMRI devem ser tratados com antiangiogênicos?

A ANS (Agência Nacional de Saúde) prevê o tratamento com antiangiogênicos da DMRI úmida nos seguintes casos:

Critérios de inclusão (o paciente precisa preencher TODOS OS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO):

Critérios de exclusão:

Diretriz na íntegra:

Cobertura obrigatória para pacientes com diagnóstico de degeneração macular relacionada a idade (DMRI) quando o olho tratado no início do tratamento preencher todos os critérios do Grupo I e nenhum dos critérios do Grupo II. Após o início do tratamento, a cobertura não será mais obrigatória caso o olho tratado apresente um dos critérios do Grupo III:

  • Grupo I
    • a. melhor acuidade visual corrigida entre 20/20 e 20/400;
    • b. ausência de dano estrutural permanente da fóvea central;
    • c. crescimento de novos vasos sanguíneos, constatado por tomografia de coerência óptica ou angiografia com fluoresceína, ou ainda piora da acuidade visual.
  • Grupo II
    • a. dano estrutural permanente da fóvea, quando não é mais possível a prevenção de mais perda visual;
    • b. evidência ou suspeita de hipersensibilidade a um dos agentes antiangiogênicos.
  • Grupo III
    • a. reação de hipersensibilidade a um agente anti-VEGF comprovada ou presumida;
    • b. redução da acuidade visual no olho tratado para menos de 20/400, diagnosticado e confirmado através de uma segunda avaliação, atribuíveis a DMRI na ausência de outra doença;
    • c. aumento progressivo do tamanho da lesão confirmada por tomografia de coerência óptica ou angiografia com fluoresceína, apesar de terapia otimizada por mais de três aplicações consecutivas.

Outros tipos de degeneração macular relacionada à idade estão qualificados para receber o tratamento com antiangiogênicos?

Não. Pacientes portadores de alterações como DMRI seca, drusas de qualquer tipo, atrofia geográfica ou descolamento do epitélio pigmentar (DEP) não preenchem os critérios para autorização do tratamento.

Outros tipos de doenças com formação de membrana neovascular subrretiniana (MNVSR) estão qualificados para receber o tratamento com antiangiogênicos?

Não, têm cobertura apenas os casos de MNVSR na degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Outras doenças que podem levar à formação de MNVSR, não contempladas pelo ROL, são:

Quer saber mais?

Para saber mais sobre os antiangiogênicos e o tratamento da DMRI úmida, visite:

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