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Sinais e sintomas de alerta que indicam que é preciso procurar um oftalmologista

12 ago 21
5 min
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Cuidar dos olhos e da visão faz parte da rotina de quem se preocupa com a saúde integral. Avaliações periódicas, cuidados com a alimentação, uso de óculos escuros e outras medidas ajudam a prevenir problemas oculares. Mas… como saber quando procurar um oftalmologista?

Algumas vezes podem aparecer sinais de que algo não está bem com a nossa visão e com os nossos olhos. Quando isto acontece, deve-se procurar por ajuda profissional imediatamente. Detectar os problemas rapidamente e iniciar o tratamento indicado sem demora podem evitar sérias complicações.

E quais são alguns destes sinais e sintomas de alerta?

Dor ocular

A dor ocular, acompanhada ou não de dor de cabeça, é um sintoma que requer atenção. Desconforto na região dos olhos e fronte, sensação de peso e cansaço visual geralmente são causados por:

A dor ocular aguda e intensa é uma urgência oftalmológica e um especialista deve ser procurado imediatamente. Algumas vezes é acompanhada por sensação de corpo estranho, ptose, visão dupla, diminuição ou perda da visão, náuseas e vômitos. Algumas causas são:

  • corpo estranho ou trauma corneano;
  • ceratite ou úlcera de córnea;
  • uveíte;
  • esclerite;
  • glaucoma agudo;
  • neurite óptica;
  • doenças neurológicas como aneurismas e tumores.

É importante ressaltar que a intensidade da dor pode não ser proporcional à gravidade do problema. Uma erosão na córnea, por exemplo, pode ser muito mais dolorosa que um caso de uveíte, bem mais grave.

Fotofobia

Fotofobia significa aversão à luz. É uma queixa comum entre os pacientes, especialmente aqueles que têm olhos claros e os portadores de astigmatismo.

Entretanto, uma das formas de saber quando procurar um oftalmologista é se este quadro surgir subitamente, especialmente acompanhado de dor ocular. Afinal, pode significar alguma doença como:

  • erosão corneana;
  • ceratite ou úlcera de córnea;
  • uveíte;
  • esclerite;
  • glaucoma agudo;
  • conjuntivite;
  • olho seco;
  • meningite.

Perda súbita da visão

São consideradas perdas visuais agudas aquelas que ocorrem no período de tempo de algumas horas a dois dias. Pode ser acompanhada ou não por dor ocular, dor de cabeça, náuseas, vômitos e perda da consciência. Algumas causas mais comuns são:

  • hemorragia vítrea;
  • glaucoma agudo;
  • uveítes;
  • traumas;
  • oclusões vasculares da retina;
  • neuropatia óptica isquêmica;
  • amaurose fugaz;
  • descolamento de retina;
  • hemorragia retiniana;
  • neurite óptica;
  • acidente vascular cerebral.

Embaçamento progressivo da visão

Dificuldade progressiva para enxergar de longe ou perto pode ser apenas um sinal da necessidade de óculos. Porém, diversas doenças oculares podem ter este sintoma, como:

O uso de alguns medicamentos pode também afetar a visão, entre eles: amiodarona, corticosteróides, hidroxicloroquina e etambutol. Sempre procurar um especialista se houver redução na acuidade visual, mesmo que restrita a alguma atividade específica ou um período do dia ou da noite.

Perda de campo visual

A perda súbita de parte do campo visual é também uma urgência e, claro, um sinal de quando procurar um oftalmologista.

Ela pode ocorrer devido a causas neurológicas ou oculares, como acidente vascular cerebral, oclusões vasculares retinianas, neurite óptica e descolamento de retina.

A perda progressiva do campo visual ocorre classicamente no glaucoma, sempre da periferia para o centro. Quadros semelhantes são observados em pacientes com retinose pigmentar e algumas uveítes.

Visão dupla

O aparecimento súbito de diplopia, ou visão dupla, pode indicar problemas variados e, por isso, diversos indícios de quando procurar um oftalmologista.

Quando ocorre em apenas um dos olhos, geralmente significa astigmatismo ou ceratocone. A diplopia binocular acontece quando imagens diferentes são formadas na retina de cada olho, enviando para o cérebro informações diferentes e causando a visão dupla. Isto pode ocorrer em quadros neurológicos graves, como em:

  • acidentes vasculares cerebrais;
  • aneurismas;
  • tumores;
  • ou quando ocorre fraqueza ou paralisia dos músculos que movimentam os olhos (diabetes, Doença de Graves, Esclerose múltipla e Miastenia gravis são alguns exemplos de causas).

Manchas na visão

Um escotoma é percebido como uma mancha na frente da visão. Ele é absoluto quando percebido como uma mancha cega, e relativo quando algumas imagens podem ser vistas através dele, com dificuldade. Quando localizados no centro do campo de visão, eles podem ser muito debilitantes.

Os escotomas podem ser causados por alterações cerebrais, neurite óptica, degeneração macular, buraco macular, descolamento da retina e várias outras doenças.

O aparecimento súbito de uma mancha no campo de visão é indicação para uma avaliação urgente de quando procurar um oftalmologista.

Visão distorcida (metamorfopsia)

Alguns pacientes se apresentam com a queixa de que os objetos estão tortos ou distorcidos. Isto pode ser um sinal de astigmatismo, ceratocone ou de algumas doenças retinianas graves como degeneração macular, edema macular, buraco macular e membrana epirretiniana.

Moscas volantes e fotopsias

Perceber pontinhos pretos na visão que se movimentam junto com os olhos não é uma queixa incomum, especialmente em míopes e pessoas de mais idade. Eles são decorrentes de alterações no corpo vítreo, substância gelatinosa que preenche o olho, e geralmente não representam um problema.

Porém, moscas volantes que aparecem subitamente podem indicar alterações como ruptura ou descolamento da retina. Nestes casos a avaliação oftalmológica é fundamental para evitar complicações.

Alteração no tamanho das pupilas

Na maioria das pessoas as pupilas de ambos os olhos têm tamanhos semelhantes e reagem à luz diminuindo sua abertura. Se uma pupila dilata ou contrai devido a alguma doença, isto pode ser percebido como uma diferença de tamanho entre elas (anisocoria).

Algumas causas deste problema são:

  • trauma
  • aneurisma cerebral
  • neurinoma do acústico
  • hemorragia intracraniana
  • neurite óptica
  • tumores cerebrais
  • convulsões
  • meningite
  • síndrome de Horner
  • O aparecimento súbito de anisocoria é uma urgência e deve ser avaliado imediatamente.

Alteração na cor da íris (heterocromia)

Durante a vida, a cor dos olhos pode sofrer mudanças naturalmente. Entretanto, existem algumas condições que se apresentam com este sinal e algumas medicações que podem provocá-lo. Entre as causas mais comuns estão:

  • doença de Fuchs;
  • síndrome de Horner;
  • síndrome de dispersão pigmentar;
  • glaucoma pigmentar;
  • tumores da íris;
  • trauma ocular.

Alguns medicamentos que provocam alteração na cor dos olhos são: colírios antiglaucomatosos como a latanoprosta e a bimatoprosta, e o Latisse, outra apresentação da bimatoprosta utilizada para o crescimento dos cílios.

Ressecamento ocular

Sintomas de olho seco são extremamente comuns nos dias atuais. Ocorrem frequentemente em pessoas que trabalham utilizando computadores, assistem muita TV ou usam constantemente celulares e tablets.

Com o envelhecimento, ocorre também uma redução na quantidade e uma piora na qualidade da lágrima, tornando o problema ainda mais comum acima dos 40 anos. Por outro lado, o olho seco pode ser um sinal de quando procurar um oftalmologista porque pode representar algumas doenças sistêmicas, como:

  • rosácea;
  • artrite reumatóide;
  • lúpus eritematoso sistêmico;
  • síndrome de Sjögren;
  • síndrome de Stevens Johnson;
  • penfigóide cicatricial.

Alguns medicamentos também podem causar ressecamento ocular, entre eles os anti histamínicos, anti diarréicos, drogas psicotrópicas e diuréticos.

Olho vermelho

O olho vermelho é o sinal mais comum entre todas as doenças oftalmológicas e seu diagnóstico depende da observação de outras alterações associadas.

Na conjuntivite, por exemplo, observa-se também prurido, lacrimejamento e, muitas vezes, secreção. No pterígio, o olho vermelho é causado pela presença de lesão vascular que cresce sobre a córnea e causa muita irritação. Nas uveítes anteriores e no glaucoma agudo, o olho vermelho pode ser acompanhado de dor e baixa de visão.

É importante a avaliação oftalmológica para determinar a causa do problema e definir o melhor tratamento.

Leucocoria

A leucocoria é uma alteração do reflexo vermelho observado ao se projetar uma luz nos olhos, como um flash de fotografia, por exemplo.

O reflexo vermelho normal deve ser semelhante nos dois olhos em relação à cor e intensidade. Na leucocoria, a pupila aparenta ser branca. Isto ocorre quando há uma lesão localizada atrás da pupila, acometendo a lente natural do olho (cristalino), o corpo vítreo ou as camadas de revestimento, mais comumente a retina.

Algumas causa de leucocoria:

  • catarata;
  • persistência de vítreo primário hiperplásico;
  • retinoblastoma e outros tumores na retina;
  • doença de Coats;
  • doença de von Hippel;
  • doença de Norrie;
  • displasia da retina;
  • retinopatia da prematuridade;
  • toxocaríase e outras infecções.

Todos os sinais e sintomas citados neste artigo indicam que um especialista deve ser procurado para uma avaliação completa.

É importante lembrar, porém, que existem doenças silenciosas que podem levar a perda irreversível da visão se não tratadas precocemente. Para garantir a saúde dos seus olhos e da sua visão, consulte seu oftalmologista regularmente.

Para saber mais sobre o assunto, leia: 5 incômodos comuns nos olhos e o que eles representam

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