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Miomas: o que são, sintomas e tratamentos

31 maio 21
4 min
31 maio 21
4 min

Os miomas são tumores benignos que se desenvolvem a partir da proliferação de células do tecido muscular do útero. Eles podem ser únicos ou múltiplos e ter tamanhos variados.

O quadro clínico de um mioma uterino pode variar desde a ausência completa de sintomas até dores e sangramentos vaginais volumosos.

Para saber todos os detalhes sobre esse assunto, continue conosco.

Tipos

O tipo de mioma depende da sua localização no útero e sua forma de crescimento: para dentro da cavidade uterina, na parede do órgão ou para fora da cavidade uterina.

  • miomas intramurais: são o tipo mais comum de mioma. Surgem na parede muscular do útero e, ao crescerem, aumentam o volume uterino.
  • miomas subserosos: formam-se na camada externa do útero (serosa) e podem crescer o suficiente para comprimir órgãos adjacentes como a bexiga, causando sintomas.
  • miomas pediculados: ocorrem quando o tumor subseroso desenvolve um pedículo (haste) que o sustenta.
  • miomas submucosos: são miomas que surgem na camada interna e crescem para dentro do útero. Esse tipo de mioma pode levar a sangramentos volumosos e dificuldade para engravidar.

Quais são as causas dos miomas?

Mutações nas células do útero ocasionam uma proliferação exagerada, formando os miomas. Seu crescimento é promovido pelos hormônios produzidos pelo ovário (estrogênio e progesterona).

Fatores de risco:

  • Idade: é o principal fator de risco, com maior incidência entre 35 e 50 anos.
  • Histórico familiar: mãe e irmã com histórico de miomas.
  • Raça: as mulheres afrodescendentes têm maior incidência de miomas.
  • Outros: menarca (primeira menstruação) precoce, obesidade, dieta rica em carne vermelha e pobre em frutas e vegetais, álcool em excesso.

Como saber se tenho miomas? Quais são os sintomas?

Os sintomas desta condição variam de acordo com o número de miomas que a paciente tem, assim como sua localização e tamanho. Um exemplo: miomas submucosos podem causar sangramento menstrual intenso e dificultar a gravidez.

No mais, são outros sinais importantes que indicam essa condição:

  • sangramento intenso entre ou durante a menstruação;
  • menstruação que dura mais do que o normal;
  • dor na pelve ou na parte inferior das costas;
  • aumento das cólicas menstruais;
  • aumento da vontade de urinar;
  • dor durante a relação sexual;
  • sensação de pressão no abdômen inferior;
  • inchaço ou alargamento do abdômen.

Diagnóstico

Para além do exame médico, o(a) ginecologista pode solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico de mioma. São eles:

  • ultrassom;
  • ressonância magnética.

Vale ressaltar que aproximadamente 50% das pacientes portadoras de miomas não apresentam sintomas. Sendo assim, uma pessoa pode não saber que tem um mioma até que seja submetida a um exame pélvico de rotina.

Afinal: o mioma tem cura?

Como a maioria dos miomas para de crescer e pode até mesmo encolher quando as mulheres se aproximam da menopausa, o ginecologista pode recomendar apenas o acompanhamento.

No entanto, alguns miomas podem exigir tratamentos mais ativos de acordo com alguns fatores:

  • intensidade dos sintomas;
  • a idade da paciente;
  • se a mulher está com dificuldade para engravidar;
  • quantidade e extensão dos miomas;
  • sangramento que não melhora com o tratamento medicamentoso.

As alternativas mais utilizadas para lidar com essa condição são:

1. Medicamentos

Alguns medicamentos para regular os níveis hormonais podem ser prescritos para reduzir a quantidade e tamanho dos miomas. Normalmente, são utilizados os agonistas do GnRH (gonadotrofina) para reduzir os níveis de estrogênio e progesterona, interrompendo a menstruação e, consequentemente, diminuindo os miomas.

São outras opções medicamentosas que podem ajudar a controlar o crescimento e aparecimento de novos miomas:

  • antagonistas do GnRH (impedem que o corpo produza o hormônio folículo-estimulante (FSH), responsável pela maturação dos óvulos, e o hormônio luteinizante (LH), que estimula a produção dos óvulos);
  • dispositivo intrauterino (DIU) hormonal ;
  • analgésicos anti-inflamatórios;
  • ácido tranexâmico (medicamento que reduz o sangramento agudo);
  • pílulas anticoncepcionais.

2. Cirurgia

A cirurgia é indicada para remover miomas que estão muito grandes e/ou causando sintomas.

O procedimento mais tradicional é a miomectomia abdominal. Nele, o profissional faz uma incisão no abdômen da paciente para acessar o útero e remover os miomas ou retirar o órgão, dependendo do caso.

Atualmente, a miomectomia tradicional é reservada para miomas muito grandes ou complicados ou úteros de tamanho maior que o normal. Nos outros casos, é possível o tratamento com técnicas menos invasivas: laparoscopia ou histeroscopia.

Laparoscopia para remoção de miomas uterinos

A laparoscopia é realizada através de pequenos portais (3 ou 4) no abdome. Uma câmera introduzida no portal do umbigo e possibilita uma visão de toda cavidade abdominal e pélvica, facilitando a ressecção e retirada dos miomas.

Laparoscopia sendo realizada para remoção de miomas uterinos

Histeroscopia para remoção de miomas submucosos

A histeroscopia é um procedimento minimamente invasivo em que uma câmera é inserida no colo uterino através da vagina. Dessa forma é possível visualizar a cavidade interna do útero e retirar os miomas submucosos.

  • As principais vantagens das cirurgias minimamente invasivas são:
  • menor risco de complicações cirúrgicas;
  • melhor recuperação pós operatória da paciente.

O tratamento deve ser individualizado para cada paciente, levando-se em conta o tamanho do útero e dos miomas, o desejo de engravidar no futuro e a presença de condições de saúde associadas.

Enfim...

Caso você suspeite que está com miomas, não hesite em procurar pela ajuda de um ginecologista, combinado? No mais, lembre-se sempre de manter os exames de rotina em dia e atente-se a todos os sinais do seu corpo. Afinal, ninguém o conhece melhor do que você mesma.

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Cuide-se, e até a próxima!

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