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Métodos contraceptivos: como evitar a gravidez do jeito certo?

26 jul 21
6 min
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Quando o assunto é “não engravidar”, gosto de brincar que o céu é o limite. Afinal, graças aos avanços tecnológicos na área de ginecologia e obstetrícia, temos hoje em dia uma ampla variedade de métodos contraceptivos que, de acordo com suas funcionalidades, encaixam-se perfeitamente para cada situação. Sendo assim, é possível não apenas evitar uma gravidez indesejada, como fazer isso da melhor forma possível para a sua saúde atual.

Pensando nisso, preparamos um guia básico sobre todas as opções disponíveis no mercado para que você possa ir até o consultório sabendo exatamente qual escolher. Porém, não se esqueça de que a melhor pessoa para lhe ajudar nesse processo é um(a) ginecologista de confiança. Então, não hesite em tirar todas as suas dúvidas com ele(a) antes de partir para a opção final, combinado?

Tendo isso em vista, vamos ao que interessa! Para saber tudo o que precisa sobre os métodos contraceptivos disponíveis na atualidade, continue conosco.

Métodos de barreira

Os métodos de barreira, como o próprio nome sugere, são aqueles que impedem a entrada do espermatozoide no útero. São eles:

1. Preservativo (ou camisinha)

A camisinha é um dos métodos contraceptivos mais eficientes do mercado pois, além de evitar a gravidez, é o único capaz de evitar a transmissão de uma infecção sexualmente transmissível.

Atualmente, existem dois tipos de preservativos: os masculinos (e mais populares, com taxas de sucesso em torno de 85%, quando usados corretamente), e os femininos (apesar de não tão conhecidos, são uma excelente opção para as mulheres, com taxas de sucesso de 80%).

Vale ressaltar, ainda, que ambos os casos exigem cuidados específicos que, ao serem aplicados, reduzem bastante as chances de que alguma falha aconteça. Então, para saber a forma correta de usá-los, peça pela ajuda de um profissional da área de saúde, combinado?

2. Diafragma

O diafragma é uma espécie de disco flexível composto por borracha que, ao ser introduzido no fundo da vagina, impede que os espermatozoides cheguem até o útero. Para intensificar sua taxa de sucesso, pode ser associado a uma pomada espermicida (basta aplicá-la em sua borda antes da inserção).

É um método contraceptivo bastante seguro e eficaz, porém, é importante saber que sua proteção contra as ISTs é relativa. Isso acontece porque ele protege somente contra o HPV.

No mais, para saber como o diafragma funciona, confira o vídeo produzido pelo Ministério da Saúde sobre o tema.

Métodos hormonais

Os métodos hormonais, além de mais variados e amplos, são bastante interessantes porque servem para inúmeros propósitos e quadros. Para facilitar o seu entendimento sobre esse assunto, no entanto, basta entender que eles podem ser divididos em duas categorias: os combinados, que possuem um tipo de estrogênio e outro de progesterona, e os de progesterona, que possuem somente esse hormônio em sua composição.

A melhor escolha para o seu caso, é claro, depende dos seus objetivos e das necessidades do seu organismo. Conheça os tipos principais de métodos contraceptivos hormonais:

1. Anticoncepcional oral (ou pílula anticoncepcional)

A pílula anticoncepcional, atualmente, é disponibilizada em várias formas e com diferentes propósitos. Para se ter ideia, algumas são apropriadas para o uso contínuo (ou seja, a mulher não menstrua), enquanto outras são feitas para serem tomadas em cartelas com 24 ou 21 comprimidos (com, respectivamente, 4 ou 7 dias de intervalo entre elas).

É um método bastante seguro e, quando administrado da forma correta (ou seja, sem esquecimentos, interferência de outros medicamentos e respeitando o intervalo entre as cartelas), é extremamente eficaz. Além disso, é muito interessante para mulheres que, além de prevenirem a gravidez, desejam tratar outra condição como, por exemplo, a endometriose e a síndrome do ovário policístico.

Para saber qual é a melhor opção para o seu caso, converse com o(a) ginecologista sobre os seus objetivos

2. Anel vaginal

O anel vaginal é um método anticoncepcional combinado que usa dois tipos de hormônio (etonogestrel e etinilestradiol). Basta inseri-lo no canal vaginal e seguir suas instruções de uso. Normalmente, usa-se um anel durante 21 dias com pausa de 7 dias entre este e o próximo. Porém, é possível fazer um esquema de uso contínuo, trocando-o a cada 21-30 dias.

Ele é interessante porque, além de ter a menor dose de estrogênio do mercado, é um dos mais confortáveis (afinal, não costuma causar efeitos colaterais e nem sangramento irregular). Sua taxa de falha é de 9% e, infelizmente, não previne nenhuma IST. Portanto, é interessante combiná-lo a um método de barreira como, por exemplo, a camisinha.

3. Adesivo

O adesivo também é um dos métodos contraceptivos combinados, com sua composição formada por um tipo de estrogênio, e outro de progesterona. Ao ser aplicado na pele, ele é capaz de inibir a ovulação, estabilizar o endométrio e espessar o muco cervical, tornando todo o ambiente inóspito à fecundação do óvulo pelo espermatozoide.

Normalmente, a orientação é fixar o adesivo diretamente na pele (pode ser em qualquer região do corpo, menos nas mamas. Porém, o melhor a se fazer é conferir as instruções do fabricante) e trocá-lo uma vez por semana. Ao total de 3 trocas, faz-se uma pausa de 7 dias para que, no 8º, um novo ciclo de adesivos seja iniciado.

Sua taxa de sucesso é de 90%, aproximadamente, e ele não descola durante o banho, e nem em piscinas, mares e afins (desde que aplicado da forma correta, obviamente). Por fim, é importante entender que ele não é eficaz na proteção contra as ISTs e que, por isso, deve ser combinado a um método de barreira (camisinha).

4. Injeção

As injeções vêm em doses que podem ser mensais (e, portanto, configuram um método combinado, ou seja, que utiliza um tipo de estrogênio, e outro de progesterona) ou trimestrais (que são apenas de progesterona). Por isso, são uma excelente opção para quem deseja tornar essa rotina contraceptiva ainda simples e prática.

Vale ressaltar que, no caso das injeções trimestrais, os riscos de amenorreia (não menstruar) são maiores e, quando usados há muitos anos, podem aumentar os riscos para osteoporose (porque costuma interferir na massa óssea da mulher).

Porém, continua sendo um método muito seguro e com taxa de eficácia de 90%. A primeira injeção é sempre no primeiro dia do ciclo menstrual, sendo a segunda dose repetida após 30 dias (no caso das mensais), ou 90 dias (no caso das trimestrais). Qualquer coisa que fuja dessas duas datas pode comprometer a eficácia das injeções, então, é preciso levar isso em conta.

5. DIU Mirena (Sistema Intrauterino - SIU - Liberador de Levonorgestrel)

O DIU Mirena é um dispositivo intrauterino que, diariamente, libera cerca de 20g de levonorgestrel no útero (um tipo de progesterona). Isso, além de tornar o ambiente inóspito ao embrião, estimula a produção de muco cervical (dificultando a sobrevivência dos espermatozoides) e diminui a movimentação das trompas (impossibilitando a união entre óvulos e espermatozoides).

É um dos métodos contraceptivos mais vantajosos quando se pensa em praticidade e eficácia (a taxa de falha, aqui, é de 0,1%). Afinal, ele é de longa duração (com a troca a cada 5 anos) e, por ser hormonal, diminui bastante o fluxo menstrual, amenizando inclusive os sintomas da TPM.

Sua inserção é feita em consultório médico e, na maioria dos casos, com a ajuda de um ultrassom para guiar o especialista. Todo o processo dura cerca de 20 minutos.

Por fim, ele não é eficaz na proteção contra ISTs (portanto, deve ser combinado a outro método de barreira) e deve ser monitorado uma vez por ano, para garantir que está posicionado e funcionando corretamente.

6. Implanon (implante de etonogestrel)

É, também, um método contraceptivo de longa duração, com troca a cada 3 anos. Aqui, um pequeno bastão elástico que contém etonogestrel (uma variação do desogestrel, composto encontrado em pílulas de progesterona) é implantado sob a pele. Portanto, é somente aplicado por um profissional e em consultório médico.

A inserção deve ser feita até o 5º dia do ciclo menstrual e, nos primeiros meses, a mulher pode passar por um período de adaptação marcado por menstruação irregular, sangramentos de escape e cólicas. Porém, essa instabilidade costuma melhorar ao longo do tempo, podendo durar até 6 meses (no entanto, não é uma regra).

Apesar de ser muito seguro, prático e eficaz (com taxa de falha de 0,05%), é preciso lembrar que ele não é capaz de proteger a mulher contra as ISTs. Portanto, combine-o a um método de barreira!

Métodos não-hormonais

Como o próprio nome indica, é um método contraceptivo que torna o ambiente inóspito à fecundação dos óvulos e espermatozoides, e à implantação do zigoto na parede uterina, sem a ajuda de hormônios. Nesta categoria temos, na verdade, um tipo apenas:

1. DIU de cobre

É um dispositivo intrauterino que, ao ser implantado dentro do útero, promove uma reação inflamatória no endométrio, tornando-o hostil a qualquer atividade ligada à reprodução (fecundação, implantação etc).

Atualmente, existem três tipos principais de DIUs de cobre: o clássico (T de cobre, ou 380A), com duração de 10 anos e disponibilizado pelo SUS, o Multiload 375 (de tamanho e duração menores) e a combinação cobre + prata (duração de 5 anos).

Sua taxa de falha é de 0,8% e esse tipo de método também não é eficaz na proteção contra as ISTs. Além disso, pode aumentar as cólicas e o período menstrual. A implantação é feita em consultório médico.

Afinal: qual dos métodos contraceptivos é o melhor para você?

A melhor forma de entender qual das opções acima é a que mais atende às suas necessidades é, claro, visitando um(a) ginecologista para tal. Escolha um(a) profissional de confiança, descreva todo o seu quadro para ela para que vocês, juntos, ponderem o tipo de método ideal para o seu caso!

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