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Exames fonoaudiológicos: quais são os principais e como são feitos?

04 jun 21
5 min
04 jun 21
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O fonoaudiólogo é responsável por estudar e cuidar da comunicação e linguagem dos seres humanos. Assim, cabe a ele identificar e tratar transtornos relacionados à audição e também à fala, como gagueira, troca de letras, problemas na articulação das palavras, atraso na linguagem e dislexia.

Para fazer o diagnóstico dos problemas de audição e da fala, o fonoaudiólogo conta com uma série de exames complementares. Confira alguns deles!

Audiometria

As audiometrias são os tipos de exames de fonoaudiologia mais realizados. Eles são aplicados até mesmo em exames admissionais de várias profissões.

O objetivo desses exames é verificar qual a capacidade do paciente tanto em ouvir os sons quanto reconhecê-los. Dessa forma, é possível verificar se há perda auditiva e qual o nível desta perda.

É possível fazer diferentes tipos de audiometrias, de acordo com a necessidade de cada caso.

Audiometria tonal

Com esse exame, é verificada a resposta do paciente a diferentes frequências sonoras. Para isso, a pessoa é exposta a um espectro que varia de 250 a 8 mil Hz, podendo, assim, verificar o limiar auditivo da pessoa.

Com a audiometria tonal, é possível identificar, também, se a perda de audição é condutiva (provocada por alteração na orelha externa ou no ouvido médio), neurossensorial (caso existam danos nos nervos ou no ouvido interno) ou se é um pouco dos dois, sendo considerada uma condição mista.

Audiometria vocal

Também chamada de logoaudiometria, esse exame fonoaudiológico verifica o reconhecimento da fala humana. Com ela é possível confirmar os valores obtidos na audiometria tonal.

O fonoaudiólogo expõe o paciente a diversas intensidades de sons e ele deve repetir as palavras que foram ditas. Dessa maneira, é possível medir a compreensão da linguagem e o discernimento de fonemas.

Esse exame é usado principalmente para ajudar no diagnóstico de doenças psiconeurológicas e na escolha e adaptação de aparelhos auditivos.

Como é medido o resultado das audiometrias?

O resultado das audiometrias é medido em decibéis. O teste executado pode identificar diferentes escalas da condição auditiva do paciente. Veja o demonstrativo abaixo:

Resultado em decibéis Significado
Até 25 Audição normal
26 a 40 Perda de audição leve
41 a 50 Perda auditiva moderada
56 a 70 Perda auditiva moderadamente severa
71 a 90 Perda auditiva severa
Mais de 90 Perda auditiva profunda

Triagem Neonatal Auditiva (Teste da Orelhinha)

Completamente indolor, a triagem neonatal auditiva é um exame realizado em recém-nascidos. Seu intuito é verificar, desde os primeiros dias de vida, se o bebê tem algum tipo de problema auditivo e como isso pode impactar seu desenvolvimento.

É utilizado um aparelho de emissões otoacústicas evocadas que emite leves estímulos sonoros. Assim, é medido o retorno desses estímulos no ouvido interno da criança.

É fundamental fazer esse exame para que seja possível buscar ajuda profissional adequada e iniciar precocemente o tratamento, caso seja detectado algum problema.

BERA

O BERA, também chamado de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE), é um teste eletrofisiológico que avalia o sistema auditivo.

Parece complexo? Na verdade é bem simples! Este exame é utilizado para conferir a integridade neurológica das vias auditivas.

Trata-se de uma avaliação frequentemente realizada em bebês e crianças. Ele é recomendado quando há riscos de perda auditiva decorrente de condições genéticas ou quando o teste da orelhinha, sobre o qual falamos anteriormente, apresenta alguma alteração.

O BERA é feito enquanto a pessoa está dormindo e demora cerca de 30 minutos, sem provocar qualquer dor ou desconforto.

São colocados eletrodos na fronte e atrás da orelha, assim como fones de ouvido. É emitido um som e é analisada a resposta cerebral por meio de um equipamento desenvolvido para esse fim.

Embora comumente feito na infância, esse é um dos exames fonoaudiológicos que também pode ser realizado em adultos.

existem também há outros testes complementares similares ao BERA:

  • Potencial evocado auditivo de média latência: neste exame, é feita a avaliação de várias ondas para verificar a integridade da via auditiva central.
  • Resposta auditiva de estado estável (RAEE): trata-se de um exame eletrofisiológico que tem o objetivo de verificar os limiares auditivos de ambos os ouvidos.
  • Potencial evocado auditivo tardio (P300): com ele é possível verificar o processamento auditivo central, observando processos que ocorrem no córtex cerebral.
  • Eletrococleografia (EcochG): a partir dessa avaliação, é possível verificar lesões no sistema auditivo, analisando potenciais elétricos na orelha interna. O diagnóstico de Doença de Meniere, por exemplo, pode ser feito por meio desse exame.

Imitanciometria

A imitanciometria, também chamada de impedanciometria, pode ser indicada pelo especialista em diversas situações. Na maioria das vezes, entretanto, é feita porque há suspeita de perda auditiva em outros exames.

Aqui, o fonoaudiólogo verifica como está o funcionamento do tímpano, da tuba auditiva e também como estão os ossos da orelha média (estribo, martelo e bigorna). Com a imitanciometria, é possível também verificar a rigidez ou flacidez da membrana timpânica.

O teste é feito de maneira bem simples. O profissional insere uma sonda em um dos ouvidos e um fone no outro. Com a sonda, é feita uma pressão com estímulo sonoro e retransmissão das respostas aos estímulos. Dessa forma, se houver algum tipo de deslocamento do sistema tímpano-ossicular, é possível identificar o problema.

Testes vestibulares

Os testes vestibulares são exames fonoaudiológicos fundamentais para identificar alterações no labirinto. Localizado no ouvido interno, ele contribui para a estabilidade do equilíbrio do corpo.

Existem diversas modalidades de testes vestibulares:

  • Eletronistagmografia (ENG) ou Videonistagmografia (VNG): testes que avaliam a orelha interna. São feitos no escuro e buscam avaliar os movimentos dos olhos durante uma série de estímulos.
  • Vertical visual subjetiva (VVS): verifica o utrículo, um dos órgãos da orelha interna responsáveis por sentir a gravidade. O paciente fica em uma sala escura e deve alinhar uma imagem de uma linha, que pode ser horizontal ou vertical.
  • Potencial evocado miogênico vestibular: determina se o sáculo (um dos órgãos da orelha interna) e o nervo vestibular estão funcionando normalmente. O exame avalia a resposta do músculo a partir de um estímulo auditivo.
  • Acuidade visual dinâmica computadorizada (AVDC): ajuda a determinar se um problema vestibular interfere na visão do paciente em atividades variadas como caminhar ou dirigir.

Os testes vestibulares são solicitados para pacientes que estão com sintomas como zumbido, vertigem, desequilíbrio, cinetose, enxaqueca e outros que podem ser consequência de problemas auditivos.

Emissão otoacústica

Rápido e indolor, o exame de emissão otoacústica faz uma avaliação da função das células ciliadas externas (CCE), localizadas na cóclea ou ouvido interno.

São emitidos sons, por meio de um fone de ouvido, e são medidas as respostas do paciente.

O teste da orelhinha é considerado um tipo de emissão otoacústica, mas há variações e também objetivos múltiplos na utilização desse teste.

Avaliação auditiva em pré-escolares e escolares

Alguns tipos de distúrbios de aprendizagem podem ser ocasionados por alterações auditivas na criança. Por isso, existem projetos que solicitam a avaliação de crianças que vão começar a fase escolar ou que já estão estudando, mas apresentam dificuldades no dia a dia das atividades.

De modo geral, é solicitado fazer o teste de emissão otoacústica. Caso alguma variação seja identificada, outros exames complementares podem ser necessários.

E depois dos exames de fonoaudiologia, o que é feito?

A partir dos exames de fonoaudiologia, o especialista é capaz de identificar se há alterações na audição e no sistema vestibular (órgão responsável pelo equilíbrio).

Por isso, sempre que for solicitado, é fundamental que você faça esses exames.

Apenas após identificar o problema e sua origem, poderá ser recomendado o tratamento ideal, como cirurgias corretoras, medicamentos ou aparelhos auditivos.

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